Nos últimos anos, tem crescido
a quantidade de protestantes que estão trocando as escrituras pelos escritos da
época patrística, entretanto, tal patrimônio é único e exclusivo da fé católica
(estendido também, às igrejas orientais).
Por esse motivo, um problema que tem surgido com certa frequência no meio desse
“anseio pelo estudo patrológico” é a falta de discernimento em entender o que é
dito por determinado pai primitivo e qual foi a decisão final da Santa Igreja
Católica (alicerçada pelo magistério).
Como se já não bastasse o “livre exame” dos escritos sagrados, há
agora, a livre interpretação dos escritos patrísticos e por consequência de uma
má analise do que é lido, aparecem novos questionamentos a respeito do que
cremos e aceitamos.
É sempre importante salientar
que o estudo da tradição e dos escritos de nossos antigos pais, deve sempre
seguir a regra final que compreende a decisão da Igreja. Sendo ela a “coluna e sustentáculo da verdade” (1 Tm 3,15), o corpo de Cristo, liderado
por Pedro (Mt 16,18) e por todo o
colegiado apostólico (Ef 2,20),
aplica o “ligar e desligar” (Mt 16,19)
para que assim, nós, católicos, tenhamos
a verdadeira doutrina de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
E qual o sentido de entender
esse conceito?
Pois bem, voltemos ao início do
cristianismo:
O segundo concílio oficial da
Igreja (Nicéia – 325 d.C.) foi o
canal utilizado por Deus para fazer com que através da “unidade” de todos os membros, fosse definida a consubstancialidade
do “Filho com o Pai”. Posteriormente em
Constantinopla I (381 d.C.), o
Espírito Santo é oficializado como membro da trindade, sendo que, Ele deveria
ser adorado e glorificado de igual modo como as outras duas substâncias. Se entrarmos no cerne da
questão, entenderemos que houve a necessidade de um concílio, uma vez que,
havia informações em desacordo que poderiam colocar a fé em risco e que isso
poderia representar uma ameaça para todos os crentes.
E o que isso significa?
Significa que até o surgimento
do concílio de Nicéia, nem todos os cristãos eram trinitarianos e que ainda que
existissem grandes teólogos, a decisão final sempre foi e sempre será da
Igreja.
Para se ter ideia, Orígenes que
foi um dos grande apologistas do terceiro século, imortalista e crente
de que as almas poderiam rogar em favor dos cristãos, em seu escrito, “Sobre a
Oração, 10” diz que nós não poderíamos rezar “nem ao próprio Cristo” (enfatizando
a ideia de uma oração diretamente a DEUS-PAI). Sendo assim, como poderíamos
creditar a existência do dogma da santíssima trindade, se não fosse pelo
magistério da Igreja? Seria a Igreja Católica tão displicente ao ponto de
ignorar as várias informações dos antigos padres, o mover devocional dos
primeiros cristãos e criar conceitos que não existiam?
Atualmente, o crescente
compartilhamento das obras patrísticas, tem levado não católicos a isolar alguns testemunhos em favor daquilo que eles
desejam acreditar, esquecer tantos outros que contribuíram para o
desenvolvimento da doutrina e o pior, destratar a decisão final da Igreja como
algo irrelevante. É nesse sentido que muitos estão embrulhando pequenos pacotes
de sofismas e cuidadosamente, tem disseminado inverdades sobre aquilo que é a crença desde o seio da Igreja primitiva.
A imortalidade da alma e a
intercessão dos santos no período “pré-Niceno”, tem sido um desses novos
questionamentos [entende-se por esse
período, os testemunhos anteriores ao segundo concílio].
Muitos são os que têm procurado
nos pais apostólicos e apologistas, motivos para se afirmar que a Igreja não
acreditava na intercessão dos santos/imortalidade da alma. Outros, mais
audaciosos, afirmam que anteriormente ao segundo concílio (Nicéia), não há qualquer testemunho que possa defender-nos em favor
de tal doutrina. O que poderíamos dizer, sendo que, há de fato, alguns padres
que parecem pensar o contrário? Clemente de Roma, em sua epístola à Igreja de
Corinto, concede-nos um modelo de oração e tão pouco cita a “intercessão dos santos”.
Já aprendemos até aqui que é a Igreja, responsável pela decisão final, isto é, podemos e devemos encontrar opiniões
distintas, porém, devemos compreender que a fé católica sempre será a
responsável por afirmar aquilo que de fato é a verdade. A fé primitiva não
nasceu com todas as doutrinas, conceitos e dogmas instantaneamente. Ficou (e fica até hoje) a cargo da Igreja
entender aquilo que nasceu no mais profundo do intimo dos primeiros cristãos e
posteriormente, defender a ortodoxia.
Diga-se de passagem, o primeiro
registro que encontramos sobre a “intercessão
dos santos” é muito anterior ao concílio de Nicéia e anterior a própria humanidade de Cristo.
Por volta dos anos 176-161 a.C.
a história Macabaica é narrada e um fato é atestado: Onias e Jeremias que já
estavam mortos, rezavam pela cidade santa.
2
Mc 15,12-14 – “Ora,
este foi o espetáculo que lhe coube
apreçar? Onias, que tinha sido sumo sacerdote, homem honesto e bom, modesto no
trato e de caráter manso, expressando-se com convenientemente no falar, e desde
a infância exercitando em todas as práticas da virtude, estava com as mãos
estendidas, intercedendo por toda a comunidade dos judeus. Apareceu a seguir,
da mesma forma, um homem notável pelos cabelos brancos e pela dignidade, sendo
maravilhosa e majestosíssima a superioridade que o circundava. Tomando então a
palavra, disse Onias: <Este é o amigo dos seus irmãos, aquele que muito ora
pelo povo e por toda a cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus>”.
Independentemente da aceitação
do livro por parte dos protestantes, devemos notar que estamos falando de um registro
histórico e longe de defender qualquer afirmação doutrinaria, devemos
encarar que a Igreja nasceu através da leitura de tais livros. Santo Irineu de
Lião (130-202 d.C), em sua obra
contra os agnósticos, diz:
“Antes que os romanos estabelecessem o seu
império, quando os macedônios mantinham ainda a Ásia em seu poder, Ptolomeu,
filho de Lago, que havia fundado em Alexandria uma biblioteca, desejava
enriquecê-la com os escritos de todos os homens, pediu aos judeus de Jerusalém
uma tradução, em grego, das suas Escrituras. Eles, então, que ainda estavam
submetidos aos macedônios, enviaram a Ptolomeu setenta anciãos, os mais
competentes das Escrituras e no conhecimento das duas línguas, para executar o
trabalho que desejava (...). Quando se reunião com Ptolomeu e confrontaram
entre si as duas traduções, Deus foi glorificado e as Escrituras foram
reconhecidas verdadeiramente divinas, porque todos, do início ao fim,
exprimiram as mesmas coisas com as mesmas palavras, de forma que também os
pagãos presentes reconheceram que as Escrituras foram traduzidas por
inspiração de Deus” (Contra as
Heresias; 3° livro 21,2).
Santo Irineu ainda acrescenta:
“É, portanto, sólida, não forçada, única verdadeira, a nossa fé que sua
prova evidente nas Escrituras, traduzidas da forma que dissemos, e é isenta de
toda interpolação a pregação da Igreja. Ora, os apóstolos, que são bastante
anteriores a esta gente, estão de acordo com a tradução mencionada acima e a
nossa versão concorda com a dos apóstolos. Pedro, João, Mateus, Paulo, todos
os outros apóstolos e seus discípulos anunciaram as coisas profetizadas na
forma em que estão contidas na tradução dos anciãos”. (Contra as Heresias; 3° livro 21,3).
Sendo assim, a Igreja primitiva
não só aceitava tal obra (Macabeus), como, usufruía do livro para fins
doutrinários. O próprio Santo Irineu, no 2°
Livro; 10,2 da mesma coleção, usa 2 Macabeus para dizer que “Deus criou do nada todas as coisas e as fez
existir como quis” (2 Mc 7,28).
Dessa forma, afirmar que não havia qualquer documento que já embasasse o que
viria ser chamado de “Comunhão dos Santos”,
não passa de mero sofisma.
Ainda sim, poderíamos encontrar
testemunhos dos mais variados, seja ele em favor da comunhão dos santos ou de
uma crença contrária. Trataremos aqui de expor quais são os aspectos
importantes para a formulação da doutrina, iniciando pela bíblia e passando pelo
período anterior ao concílio de Nicéia.
A Bíblia possui um testemunho
robusto que corrobora com a crença da Igreja na “alma imortal” e como consequência, revela pequenos indícios da
comunhão plena de todo o corpo que deve ser traduzida por nós como a “intercessão dos santos”. Há passagens
que indicam propensões que com toda a certeza, foram utilizadas pelos antigos
padres na intenção de, afirmar qual era a fé dos cristãos. Assim como no livro
de 2 Macabeus – testemunho justo e
verdadeiro – que revela Onias e Jeremias como os grandes intercessores,
encontramos nos escritos do Apocalipse de São João alguns testemunhos, sendo
eles:
– Os que morreram em Cristo, o
servem de dia e de noite (Ap 7,10-15);
– As orações de “todos os
santos” são oferecidas com um incensário (Ap
5,8 e Ap 8,3);
– As almas dos justos clamam
por justiça (Ap 6,9-10);
– Os navegantes que integram as
lamentações sobre a babilônia, solicitam que os céus (santos, apóstolos e profetas) se alegrem, pois, Deus julgou suas
causas (Ap 18,20).
Já de São Paulo, temos as
seguintes afirmações:
– Jesus Cristo voltará em
companhia de todos os seus santos (1 Ts
3,13);
– Existe uma família que está
no céu (Ef 3,14-18);
– Partir e estar com Jesus é muito melhor (Fl 1,23);
– Assim como João, Paulo afirma
que estamos nós, vivos ou mortos, continuaremos procurando em como agradar a
Deus (2 Cor 5,9).
O escritor da epístola aos
Hebreus, segue semelhante pensamento:
– No céu, os espíritos (almas) dos justos chegaram à perfeição (Hb 12,22-24);
– Há uma nuvem de testemunhas (santos que já estão no céu) que nos
cerca e nos acompanha (Hb 12,1-2).
No evangelho de São Marcos,
lemos o seguinte relado:
– Moisés já havia morrido (Dt 34,1-12), porém, aparece a Cristo (junto de Elias) e de acordo com o relato
bíblico, parecia entender a situação de Jesus (Mc 9,4).
Além de tais testemunhos
bíblicos oriundos do I século da Igreja, encontramos apoio doutrinário em
muitas outras informações que procedem anteriormente ao ano de 325 d.C. Seja
sobre a alma imortal ou sobre a possibilidade de intercessão. Há visivelmente
certa sensibilidade dos cristãos primitivos em aceitar a possibilidade de que o
crente após a morte, não apenas conserve suas faculdades intelectuais, mas que
também, possa rogar pelos habitantes da terra e ainda que seja de forma tímida,
uma pequena compreensão em relação a solicitação dos fieis militantes que
careceriam das orações dos mártires e heróis da fé, assim como de Maria
Santíssima, Mãe de Deus.
Verifiquemos agora, quais são
os testemunhos (alma imortal ou
intercessão) e suas respectivas datas:
– Na “Carta a Diogneto” (199-200 [Século II]) é possível ler que:
“A alma imortal habita numa tenta mortal; também os cristãos
habitam como estrangeiros em moradas que se corrompem, esperando a incorruptibilidade
nos céus (Carta a Diogneto 6,8)”.
– Por sua vez, “Atenágoras de Atenas (133-190 [Século
II])” diz que:
“Agora, como universalmente toda natureza consta de alma imortal
e de corpo que foi a adaptado a essa alma (Sobre
a Ressurreição dos Mortos 15).”
“Todavia, se o Criador dos homens tem algum cuidado com suas próprias
criaturas, em algum lugar se guarda a justa distinção entre os que viveram bem
e os que viveram mal, isso acontecerá ou na vida presente, quando ainda vivem
os que vivem conforme a virtude ou a maldade, ou depois da morte, na separação
da alma e do corpo (Sobre a Ressurreição dos Mortos 19)”.
– Já “Teófilo de
Antioquia (?-186 [Século II])”, afirma doutrina semelhante a
respeito da alma:
“E uma fonte subia da terra e regava toda a face da terra, e Deus formou
o homem do pó da terra, e lhe insuflou alente de vida em seu rosto, e o homem
foi feito alma vivente. É por isso que a alma é chamada imortal (Segundo livro a Autólico 19)”.
– Da mesma forma “Justino de Roma (100-165 [Século I e II])”, enfatiza a
imortalidade da alma:
“Vede o fim que tiveram os imperadores que vos procederam: todos
morreram de morte comum. Se a morte terminasse na inconsciência, seria uma
boa sorte para todos os malvados. Admitindo, porém, que a consciência
permanece em todos os nascidos, não sejais negligentes em convencer-vos e crer
que essas coisas são verdade. (...) Os fenômenos que acontecem sob a ação dos
que sabem essas coisas devem persuadir-vos de que, mesmo depois da morte, as
almas conservam a consciência (I
Apologia 18,1-6).
“Ele
(Trifão) me perguntou: Qual a nossa semelhança com Deus? Será que a alma é
divina e imortal, uma partícula daquela soberana inteligência, e como aquela vê
a Deus, também é possível para a nossa compreender a divindade e gozar a
felicidade que dela provém? Eu (Justino de Roma) respondi: Sem dúvida
nenhuma” (Diálogo com Trifão 4,2).
“Digo,
então, que as almas dos justos permanecem num lugar melhor e as injustas
e más ficam em outro lugar, esperando o tempo do julgamento. Desse modo, as
que se manifestam dignas de Deus não morrem; as outras são castigadas
enquanto Deus quiser que existam e sejam castigadas” (Diálogo com Trifão 5,3).
“Já
vos demonstrei que as almas sobrevivem através do fato de que a alma de
Samuel foi evocada pela pitonisa, como Saul lhe havia pedido. Daí se vê que
todas as almas de homens tão justos e profetas como Samuel podem cais sob o
poder de potências semelhantes aquela que operava na pitonisa e pelos próprios
fatos temos que confessar isso. Por isso, Deus nos ensinou por seu próprio
Filho a lutar com todas as nossas forças para sermos justos e pedir, ao sair
desse mundo, que nossa alma não caia em poder de nenhuma potência semelhante”
(Diálogo com Trifão 105,4-6).
– Grande apologista da Igreja
antiga, “Orígenes (185-253 [Século III])”, através dos
seus escritos, demonstra a crença que já frutificava no mais intimo do coração
dos cristãos:
“Existe só um Deus supremo cujo favor se deve procurar e a quem se deve
pedir que seja propício, buscando sua graça pela piedade e por todas as
virtudes. E se Celso quiser, depois do Deus supremo, tornar propício outros
protetores, deve compreender que, como o corpo que se desloca é seguido pelo
movimento de sua sombra, da mesma forma o
favor do Deus supremo atrai a benevolência de todos os que o amam: anjos,
almas, espíritos. Eles conhecem os que merecem o favor de Deus, e não
contentes em conceder sua benevolência aos que têm este mérito, colaboram com
os que querem prestar culto ao Deus supremo: cheios de benevolência com
eles, oram e intercedem” (Contra
Celso (Livro VIII), 64).
“Depois dessas questões, vêm as da alma: dotada de inteligência e de vida
próprias será tratada segundo os seus méritos depois que deixar este mundo:
ou entrará na posse da vida eterna e herdará felicidade, se seus atos
assim lhe fizerem jus, ou então será entregue ao fogo eterno” (Tratado sobre os Princípios [prefácio] 5)”.
“Está certo comparar os seres celestes com os santos e os terrestres com
os pecadores” (Tratado sobre os
Princípios [10 - A Ressurreição], 2° livro, 2)”.
“Depois de tudo isso, é preciso pensar que não pouco tempo decorrerá
para que, depois da sua morte, seja mostrado aos homens que disso são
dignos e o mereceram, a razão dos que se passa sobre a terra para que o
entendimento de todos esses mistérios e a graça de um conhecimento completo os
façam gozar de uma alegria indescritível” (Tratado
sobre os Princípios [11 - As promessas], 2° livro, 6)”.
“Depois da morte, recebemos a ciência e a compreensão dele, se as
coisas acontecerem como desejamos; quando tivermos o saber completo das suas
razões, então, compreenderemos de duas maneiras o que vimos sobre a terra. Da
estadia nos ares pode-se falar, portanto, de modo semelhante. De fato, é
minha opinião que os santos, ao deixarem essa vida, permanecerão num lugar
situado na terra, aquele que a divina Escritura chama Paraíso, como se fosse
num lugar de instrução, ou, por assim dizer, um auditório ou uma escola das
almas, para serem instruídos acerca de tudo o que viram na terra, e para
receberem também algumas indicações sobre o que verão depois, certamente
nessa vida receberam alguma ideia das realidades futuras, mas ainda em parte,
através de um espelho, em enigma, elas serão reveladas aos santos de maneira
mais clara e mais luminosa” (Tratado
sobre os Princípios [11 - As promessas], 2° livro, 6).
“Deus tem paciência com certos pecadores, porque será para eles um
benefícios, considerando a imortalidade da alma e a eternidade sem fim”
(Tratado sobre os Princípios [1 - Sobre o livre arbítrio], 3° livro, 13).
“Portanto, pensamos que, como já dissemos muitas vezes, sendo a alma
eterna e imortal” (Tratado sobre os
Princípios [1 - Sobre o livre arbítrio], 3° livro 23).
“Oras, as potências celestiais são incorruptas e imortais: sem dúvida
a substância da alma humana é incorrupta e imortal” (Tratado sobre os Princípios [Recapitulação sobre o Pai, o Filho e o ES], 4° livro, 9(36)).
“O Sumo Sacerdote não é o único a se unir aos orantes, mas também os
anjos [...] como também as almas dos santos que já dormem” (Oração 11).
“Agora, súplicas, ações de graça e apelos podem ser oferecidos para as
pessoas sem impropriedade. Dois deles, ou seja, implorando e dando graças, pode
ser oferecido não só para os santos, mas para pessoas sozinhas, em
geral, ao passo que a súplica deve ser oferecida aos santos somente,
deve haver encontrado um Paulo ou um Pedro que podem beneficiar-se e fazer-nos
dignos para atingir autoridade para o perdão dos pecados” (Sobre a Oração 14,6).
– Da mesma forma, “Santo Inácio, Bispo de Antioquia (35-107 [século I e II])”
escreve ao fim de sua epístola:
“O
amor dos esmirniotas e dos efésios vos saúda. Em vossas orações, lembrai-vos da
Igreja da Síria, da qual não sou digno de ser parte, pois sou o último dentre
eles. Passai bem em Jesus Cristo, submissos ao bispo como ao mandamento, e
igualmente ao presbitério. Todos, individualmente, amem-vos uns aos outros, de
coração não dividido. Meu espírito se sacrifica por vós, não somente agora,
mas também quando eu chegar a Deus. Eu ainda estou exposto ao perigo, mas o
Pai é fel, em Jesus Cristo, para atender a minha oração e a vossa” (Epístola aos Tralianos 13,1-3).
– Já no martírio de “Policarpo, Bispo de Esmirna (69 a 155 [Século I e II])”, o escritor menciona
que mesmo após a sua morte, São Policarpo continuaria a rejubilar-se,
juntamente com os apóstolos:
“Essa
é a história do bem-aventurado Policarpo, que foi, juntamente com os irmãos de
Filadélfia, o décimo segundo a sofrer o martírio em Esmirna. Contudo, apenas
dele se guarda a lembrança mais do que dos outros, a ponto de até os próprios
pagãos falarem dele por toda parte. Ele foi, não apenas mestre célebre, mas
também mártir eminente, cujo martírio segundo o Evangelho de Cristo todos
deseja imitar. Por sua perseverança, ele triunfou sobre o iníquo magistrado, e assim, foi cingindo com a coroa
da incorruptibilidade. Juntamente com os apóstolos e todos os justos, na
alegria ele glorifica a Deus, Pai todo-poderoso, e bendiz nosso Senhor
Jesus Cristo, o salvador de nossas almas, guia de nossos corpos, e pastor da
Igreja Católica no mundo inteiro” (Martírio
de Policarpo 19,1-2).
– Ao falar sobre o
reconhecimento dos próprios erros, “Clemente Romano (35-100 [Século
I])” diz:
“Portanto, supliquemos também nós pelos que se encontram em alguma
falha, a fim de que lhe sejam concedidas moderação e humildade, e para que
cedam, não a nós, e sim à vontade de Deus. Então, quando nos lembrarmos deles
com espírito de misericórdia diante de Deus e dos santos, nossa oração
produzirá frutos e será perfeita” (1 Carta aos Coríntios 56,1).
– Um sermão anônimo, descoberto
por volta do ano 130-150 [Século II] e atribuído a “Clemente Romano”, menciona a alegria das almas que se
encontram no céu:
“Um homem religioso não deve ficar deprimido por sentir-se infeliz no
presente. Um tempo de benção e
espera. Ele viverá de novo, no céu com seus antepassados, e se rejubilará
numa eternidade que não conhece a tristeza” (2 Carta aos Coríntios 19,4).
– “Santo Irineu de
Lião (130-202 [Século II])” é mais um dos padres apologistas a
defender não apenas a imortalidade da alma, como também, a preservação das
faculdades psíquicas e intelectuais dos cristãos após a morte:
“O
Senhor ensinou clarissimamente que as almas não só perduram sem passar de corpo
em corpo, mas conservam imutadas as características dos corpos em que foram
colocadas e se lembram das ações que fizeram aqui na terra e das que
deixaram de fazer. É o que está escrito na história do rico e de Lázaro que
repousava no seio de Abraão. Nela se diz que o rico. Depois da morte, conhecia
tanto Lázaro como Abraão e que cada um estava no lugar destinado. O rico pedia
a Lázaro, ao qual tinha recusado até as migalhas que caíam de sua mesa, que o
socorresse; com a sua resposta, Abraão mostrava conhecer não somente Lázaro,
mas também o rico e ordenava que os que não quisessem ir para aquele lugar
de tormento escutassem Moisés e os profetas antes de esperar o anúncio de
alguém ressuscitado dos mortos. Tudo isso supõe clarissimamente que as almas
permanecem, sem passar de corpo em corpo, que possuem características do ser
humano, de sorte que podem ser reconhecidas e que se recordam das coisas
daqui de baixo; que também Abraão possuía o dom da profecia e que cada alma
recebe o lugar merecido mesmo antes do dia do juízo”. (Contra as Heresias; 2° livro 34,1).
“O
que são os corpos mortais? Serão as almas? Mas as almas são incorporais em
comparação aos corpos mortais. Com efeito, Deus soprou no rosto do homem o
<sopro da vida e o homem se tornou alma vivente>: o sopro de vida é
incorporal. Assim como não podem dizer que a alma é mortal porque o sopro de
vida permanece – com efeito, Davi diz: <E a minha alma viverá para
ele>, visto ser sua substância imortal – assim não podem dizer que o
Espírito é corpo mortal. O que fica então para ser denominado corpo mortal a
não se a obra modelada por Deus, isto é, a carne, aquilo que o Apóstolo declara
que Deus vivificará? É está que morre e se decompõe e não a alma ou o
Espírito. Morrer é perder a capacidade vital, ficar em seguida sem o sopro,
sem a vida, sem os movimentos e decompor-se nos elementos dos quais teve início
a existência. Ora, isso não pode acontecer com a alma, porque é sopro de
vida, nem com o espírito por ser simples e não composto e por ser ele a vida
dos que o recebem. Resta que a morte se manifeste na carne a qual, com a saída
da alma, fica sem respiração e sem vida e lentamente se decompõe na terra
de onde foi tirada. É esta, pois, que é mortal”. (Contra as Heresias; 5° livro 7,1).
“Tendo
o Senhor ido entre as sombras da morte, onde estavam as almas dos mortos,
e ressuscitando depois corporalmente, e depois de ressuscitado, sendo levado ao
céu, indicou que o mesmo aconteceria com seus discípulos, pois, era para
eles que o Senhor fez tudo isso: as almas deles irão a um lugar invisível
estabelecido por Deus e ai ficarão até a ressurreição, à espera dela;
depois reassumirão seus corpos numa ressurreição perfeita”. (Contra as Heresias; 5° livro 31,2).
– “São Cipriano
(210-258 [Século III])”, Bispo de Cartago, testemunha de forma
belíssima, qual era de fato a crença que já estava enraizada no mais intimo dos
primeiros fiéis:
“Lembremo-nos uns aos outros em concórdia e unanimidade. Que em ambos
os lados sempre oremos uns pelos outros. Vamos aliviar o fardo e as
aflições por amor recíproco, que se um de nós, com rapidez da condescendência
divina for primeiro, o nosso amor possa continuar na presença do Senhor; e
as nossas orações por nossos irmãos e irmãs não cessem com a presença da
misericórdia do Pai ” (Carta 56,5).
– “Eusébio de
Cesaréia (263-339 [Século III e IV])”, foi um grande historiador da
Igreja. Responsável pela obra “História
Eclesiástica” (concluída no ano de 326 d.C
[século IV]), o Bispo de Cesaréia aponta alguns testemunhos
anteriores a Nicéia que retratam a fé da Igreja, seja na alma imortal, quanto
na intercessão dos santos.
Vejamos:
Santa
Marcela, Santa Potamiena (Mártires
– 202 d.C [Século III]) e São Basílides (soldado e mártir - 202 d.C [Século III])
“Enumera-se
Basílides como o sétimo dos mártires. Ele levava ao martírio a célebre
Potamiena, cuja fama até hoje é decantada entre os seus compatriotas. Depois de
mil combates contra homens corruptos para defender a pureza do corpo e a
virgindade pela qual ela se distinguia (pois, sem falar de sua alma, a beleza
do corpo era nela qual flor que desabrocha), após mil tormentos e torturas
terríveis, cuja narrativa é de arrepiar, foi com sua mãe Marcela, consumida
pelo fogo. Narra-se que o juiz, chamado Áquila, depois de ter submetido seu
corpo inteiro a duros tormentos, por fim, ameaçou-a de entregá-la aos
gladiadores para desonrá-la. Mas ela refletiu por um instante e foi-lhe pedida
uma decisão. Deu tal resposta que pareceu-lhes algo de ímpio. Enquanto ela
falava, foi proferida a sentença e Basílides, um dos soldados a tomou e
conduziu à morte. E como a multidão se esforçava por incomodá-la e insultá-la
com palavras inconvenientes, ele afastava com ameaças os injuriadores e
manifestava para com ela muita piedade e humanidade. Ela, porém, acolhendo a
simpatia que lhe era demonstrada, exortava-o a ser corajoso, dizendo-lhe que
o reclamaria, quando tivesse voltado para junto do seu Senhor e que, em pouco
tempo, lhe retribuiria o que havia feito em seu favor. Tendo assim falado,
sofreu corajosamente a morte. Derramaram pez fervente sobre as diferentes pares
do corpo desde a extremidade dos pés ao alto da cabeça devagar, pouco a pouco.
Assim foi o combate da ilustre jovem. Basílides, porém, não espetou muito tempo.
Os companheiros de armas, por um motivo qualquer, exigiram dele um juramento.
Ele declarou com energia que não lhe era permitido absolutamente jurar, porque
era cristão e confessava-o abertamente. No princípio, acharam que ele estava
gracejando; mas como perseverasse obstinadamente, levaram-no ao juiz, a quem
ele confessou sua resistência, e ele mandou algemá-lo. Seus irmãos segundo Deus
visitaram-no e perguntaram-lhe a causa deste ardor repentino e extraordinário. Narra-se
ter ele respondido que três dias após seu martírio, Potamiena lhe aparecerá
durante a noite, pusera-lhe uma coroa na cabeça e havia pedido uma graça ao
Senhor, obtivera o objeto de seu pedido e que ele o receberia dentro do pequeno
prazo. Então, os irmãos lhe deram sigilo do Senhor e no dia seguinte, após
ter brilhado no testemunho pelo Senhor, foi-lhe decepada a cabeça”. (História Eclesiástica, 5° livro 5,1-6).
Orígenes
(185-253 d.C [Século II e
III])
“Apareceram
ainda, na Arábia, no tempo a que nos referimos, introdutores de uma doutrina
alheia à verdade. Asseveravam que a alma humana neste mundo, no momento
final provisoriamente morre com o corpo, e com ele se corrompe, mas no futuro,
por ocasião da ressurreição, com ele reviverá. Então, foi convocado um
importante concílio. Orígenes novamente foi chamado, e após ter discursado
perante a assembleia sobre a questão disputada, saiu-se de tal forma que
alterou o modo de pensar do que primeiramente haviam sido iludidos” (História Eclesiástica, 6° livro 37).
Dionísio
de Alexandria (? – 264 d.C
[Século III]) e os
“mártires protetores”
“Muitos,
na mesma montanha da Arábia, foram reduzidos à escravidão por bárbaros
sarracenos; entre estes, uns foram resgatados com dificuldade, e por elevado
preço; os outros até agora não foram redimidos. Não é ocioso ter narrado isto,
irmão, assim, podes conhecer as terríveis provas que nos atingiram. Aqueles,
porém, que as experimentaram, sabem muito mais. Em seguida, linhas adiante,
prossegue: <Deste modo, nossos santos mártires, agora sentados ao lado de
Cristo, partícipes de seu reino, que julgam com ele e com ele proferem a
sentença (Ap 20,4; 1 Cor 6,6), tornaram-se os protetores de alguns dos
irmãos lapsos, que deviam prestar contas sobre a acusação de sacrifício;
verificando sua conversão e penitência e considerando que esta poderia ser
aceitável aquele que absolutamente não quer a morte do pecador, mas seu
arrependimento (Ez 18,23; 33,1ss 2 Pd 3,9), eles os acolheram, congregaram,
reuniram e participaram de suas orações e refeições;” (História Eclesiástica, 6° livro 42,4-5).
– No início do século XX, um antigo papiro egípcio foi
“reencontrado” e nele, um testemunho fidedigno que atesta a crença primária dos
cristãos primitivos. Em posse da “John
Rylands Library de Manchester” a oração denominada de “Sub Tuum
Praesidium (sob a vossa proteção)” é datada do ano 250 d.C [Século III] e atesta não apenas a crença na imortalidade da alma/intercessão dos santos,
mas, uma fonte verdadeira que confirma a fé de que Maria Santíssima havia sido
assunto aos céus:
“Sob
a tua misericórdia nos refugiamos, ó Mãe de Deus. As nossas suplicas tu não
rejeitaras na necessidade, mas, no perigo liberta-nos: tu só és casta, tu só és
bendita”.
A oração pode ser vista através
do link:
Ou pode ser
encontrada no: “Dicionário de
Mariologia, Editora Paulus, verbete <liturgia>, pg 754”.
– No ano de 1958, um
teólogo chamado “Lúcio Navarro”, nos
presenteou com uma obra prima da apologia católica intitulada de a “Legítima Interpretação da Bíblia”. Tal
autor foi o responsável por reunir algumas inscrições nas lápides que constam
nas catacumbas que variam do século I (0 a 100)
até os séculos II e III (101 a 300). A importância de
tais inscrições mortuárias é de revelar a crença primitiva dos primeiros
seguidores de Cristo, no que diz respeito não apenas à intercessão dos santos,
mas também, a pequenos fragmentos do entendimento do que temos hoje sobre o
purgatório.
Na página 541, parágrafo 378, o
autor afirma sobre a “invocação dos santos”:
“A devoção aos santos é tão lógica e natural, que ela não surgiu por um
decreto ou ensino da Igreja, a qual nunca disse que a devoção a este ou aquele
santo, mesmo a Maria Ss, fosse condição <sine qua non> para a salvação,
como é o caso da fé, da observância dos mandamentos, da recepção dos
sacramentos, pelo menos em voto. Surgiu espontaneamente, como um expediente que
os fiéis, na sua intuição guiada pelo Espírito Santo, que está sempre
orientando a Igreja, logo consideraram vantajoso e utilíssimo; e surgiu desde os
primeiros tempos da Igreja, porque vem do tempo dos mártires. Naqueles três
primeiros séculos de tremendas perseguições, era natural a honra, o carinho, a
admiração com que os cristãos cercavam aqueles heróis que derramavam o seu
sangue, davam a sua vida pela fé”.
O escritor Tim Dowley, em seu livro “Os
cristãos, uma história ilustrada”, na página diz 17, afirma sobre as
catacumbas de Roma:
“No século I, os cristãos de Roma não tinham um cemitério próprio. As
famílias que tinham terras sepultavam ali seus parentes; caso contrário, os
cristãos usavam os mesmos cemitérios que os pagãos. O apóstolo Pedro
provavelmente foi enterrado na grande necrópole pública da colina do Vaticano;
o apóstolo Paulo, nunca necrópole na Via Ostiense. Na primeira metade do século
II, os cristãos romanos começaram a sepultar seus mortos nos subterrâneos da
cidade, e foi assim que surgiram as catacumbas (...). Aos poucos, essas áreas
de sepultamento foram ficando maiores. A Igreja de São Calisto, por exemplo,
administrava uma grande catacumba que servia de cemitério para sua comunidade”.
Sendo assim, passemos a cada
inscrição e o local respectivo em que se encontra:
TÚMULO
DE SÃO PEDRO
Localizado sob a Basílica de
São Pedro, o tumulo possui diversas sepulturas e alguns mausoléus que tem uma
data aproximada do ano 130 d.C (Século II). Lá,
pode ser encontrada a seguinte inscrição:
“Ó
Cristo, tem presentes a Marcelino pecador e a Jovino! Que sempre vivais em
Deus”.
CEMITÉRIO
DE SÃO PÂNFILO
São Pânfilo (250 a 309 d.C [Século III e IV]), presbítero de “Cesaréia”
foi martirizado no inicio do século IV (decapitado). No cemitério que leva seu
nome, encontramos a seguinte frase:
“Flávia
Prima Amerânia, filha de Aurelino Sênio. O Senhor refrigere o teu espírito,
cara pombinha”.
Em outro mosaico, no mesmo
cemitério, há um pedido de intercessão:
“Mártires
santos, bons, benditos, ajudai a Ciríaco”.
MUSEU
CAPITOLINO
O Museu Capitolino foi fundado
pelo Papa Sisto IV em 1471 e é atualmente, o museu público mais antigo do
mundo. Nesse museu, é encontrado a seguinte prece:
“Ático,
dorme em paz, seguro de tua salvação e pede solícito por nossos pecados”.
CATACUMBA
DE SÃO CALISTO
Esse cemitério pode ser
encontrado na Via Ápia. A data de construção dessa catacumba pode ser próxima do
ano 150 d.C (Século II) e é uma referência ao
“diácono Calisto”. Nessa catacumba, encontramos o seguinte pedido:
“Vicência,
pede em Cristo por Febe e por seu esposo”.
VIA
SALÁRIA
Antiga estrada romana que tem
início em Roma. Tal trecho possui cemitérios antigos como as conhecidas catacumbas
da “via Anapo” (final do século III [280 a 300]
e início do século IV [301 a 320]). Aqui, há outro pedido
de intercessão:
“Genciano.
Fiel, em paz, que viveu 21 anos, 8 meses, 16 dias. Que em tuas orações rogue
por nós, porque te sabemos em Cristo”.
CATACUMBA
DE PRISCILA
Esse cemitério também se
encontra na “Via Salária”. Assim como outras catacumbas, esse santo lugar foi
utilizado para o sepultamento de cristãos entre o século II (101 a
200) e até o século IV. É nessa catacumba que há a mais antiga
representação de Maria Santíssima através de uma pintura. Temos de lá a seguinte
oração:
“Anatólio o fez ao filho benemerente que viveu sete anos, sete meses e
vinte dias. Teu espírito descanse em Deus. Pede por tua mãe”.
Todas as citações aqui apresentadas, podem ser encontradas no livro de Lucio Navarro nas páginas 542 e 543.
Ou, podem ser encontradas no
livro de Engelberto
Kirschbaum, Eduardo Junyent e José Vive, publicado pela “La Editorial Catolica”, chamado “La Tumba de San Pedro y las Catacumbas Romanas: los Monumentos y las
Inscripciones”.
Acesse (disponível somente para compra [espanhol]):
CONCLUSÃO
Ap 5,3 – “Outro Anjo veio postar-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro.
Deram-lhe grande quantidade de incenso para que o oferecesse com as orações de
todos os santos sobre o alta de ouro que está diante do trono. E, da mão do
Anjo, a fumaça do incenso com as orações dos santos subiu diante de Deus”
Acreditar na imortalidade da alma, assim como na comunhão dos
santos, é justamente entender que estamos nós, rodeados pela Igreja Celeste que
nos acompanha em oração. É justamente isso que o escritor da epístola aos
Hebreus ensina:
Hb 12,1a – “Portanto, também nós, com tal nuvem de testemunhas ao nosso redor”.
Desde o início do mais primitivo cristianismo, tal verdade
esteve intimamente ligada no mais intimo do coração daqueles primeiros
cristãos. Perseguidos por amor ao Senhor, esse heróis e mártires da fé, tinham
a plena certeza de que nem a morte os separaria do amor de Deus (Rm 8,38) e que esse amor seria
estendido até mesmo na eternidade (Fl
1,23). Ainda que o tempo da ressurreição não tenha chegado, podemos e
devemos confiar que o céu está repleto das almas (Hb 12,22-23) dos crentes que gozam da visão beatífica de Deus e que
por esse motivo, podem interceder por todos nós.
Todos os batizados formam um único corpo (Ef 4,5) e todas as orações jamais serão
interrompidas (2 Cor 1,11; 2 Cor 5,9).
Tg 5,15b – “A oração fervorosa do justo tem grande poder”
“Não choreis! Ser-vos-ei mais
útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha
vida” (São Domingos; Jordão da Saxônia,
Lb.,93).
Que Deus vos abençoe!
Érick Augusto Gomes
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