quarta-feira, 12 de junho de 2013

QUATRO PERGUNTAS SOBRE A VIRGINDADE DE MARIA


A virgindade perpétua de Maria é um assunto que até hoje tem sido uma das grandes disputas teológicas entre católicos e protestantes. Para nós, pertencentes à geração da mulher (Gn 3,15), não temos qualquer problema em aceitar que a nova arca da aliança (Maria) tenha tido em seu útero somente o “Emanuel, Deus conosco”.

O que escrevo abaixo, não se trata de qualquer interpretação a respeito dos textos conhecidos que manifestam a virgindade de Maria, pelo contrário, são quatro perguntas que ainda não foram concedidas respostas claras por parte daqueles que não acreditam na virgindade de Nossa Senhora.

Sendo assim, aqueles que não acreditam neste mistério, devem responder as seguintes questões:

1 - Qual o simples motivo de absolutamente NENHUM "irmão do Senhor" ser indicado nas sagradas escrituras como filhos de Maria ou de José? É comum e ABSOLUTAMENTE NORMAL que nas genealogias apresentadas dentro das sagradas escrituras, encontremos pessoas que diretamente são ligadas a filiação paterna, como é um caso dos Tiagos, um filho de Alfeu, outro de Zebedeu. De qualquer forma, se de fato esses "filhos" fossem legítimos, não seria estranho pensar que nenhum evangelista não tenha colocado DIRETAMENTE esses personagens dentro da ossada de "descendentes de Maria e José"? Por que somente Jesus Cristo é chamado de filho de Maria (Mc 6,3) ou filho do carpinteiro (Mt 13,55)? Será que se esqueceram dos outros irmãos e irmãs?

2 - Por que quando os pais de Jesus foram para Jerusalém (Lc 2,42), e Cristo já tendo 12 anos, não existia qualquer indício de outras crianças junto da família? Se esses irmãos e irmãs são os "mais novos", qual o motivo para não aparecerem nesse enredo? Afinal, Maria e José ficaram três dias longe de casa já que o Senhor tinha desparecido (Lc 2,46) e seria improvável que as crianças de colo ficassem sozinhas! 

3 - Se Maria tivesse filhos e filhas uterinos, por qual motivo, na Cruz, Jesus Cristo entregaria sua mãe aos cuidados de João (Jo 19,27), que não tinha relações familiares com Nosso Senhor? Um dos dez mandamentos diz: "Honra Pai e Mãe" (Ex 20,12), Jesus tinha quatro irmãos e algumas irmãs, será que TODOS ELES desrespeitariam esse mandamento ao ponto de não cuidarem de sua própria mãe simplesmente por não acreditarem no "irmão Jesus"? 

4 - De acordo com o próprio relato de João 19,25, Maria tinha uma irmã que era mulher de "Clopas" ou, como provavelmente não haviam palavras que contemplasse o termo "cunhada", é provável que Clopas fosse irmão de José e por isso o evangelista usa o termo irmã para designar a "outra Maria" (Mt 28,1), pois bem, por mais que os protestantes neguem, de fato, Cristo tinha primos e isso vemos no relato de Mateus 27,56, onde essa Maria, irmã ou cunhada de Nossa Senhora tinha como filhos Tiago e José. E o que quero dizer com isso? Observem que na própria bíblia, todas as vezes que citam esses irmãos de Cristo, sempre o colocam como "IRMÃOS DO SENHOR" e o que me leva a pensar que para os escritores do novo testamento, todo aquele que fazia parte desse clã, tinha uma ligação com Cristo e era chamado de "irmão do Senhor". É como se fosse uma identificação daqueles que tinham parentesco com Cristo. De fato, Jesus tinha outros parentes, mas as referencias sempre são ligadas a essa familiaridade com o Senhor. Josefo, historiador Judeu, não conhecia "O Cristo" como os apóstolos e por esse motivo e por talvez não entender essa "ligação", em um de seus escritos a respeito do martírio de Tiago, o coloca como "irmão de Jesus", não "irmão do Senhor" (Antiguidades Judaicas). Percebam que dos relatos do novo testamento, nunca se diz, irmão de Jesus, mas sim, os "irmãos do Senhor". Cristo tinha primos, sendo assim, como associar que em todos esses relatos, o restante de sua família não entrava nesse gênero? Por que nunca foi escrito os “irmãos de Jesus” oferecendo um limite para o parentesco? 

Em Cristo;


Érick Gomes.



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