INTRODUÇÃO
O livro do Eclesiástico, ou também chamado como “Sabedoria de Ben Sirac” é o maior livro entre os deuterocanônicos. Segundo a vulgata de São Jerônimo, é o último dos livros sapienciais. Estaremos aqui, apresentando provas de que o livro é rejeitado porque muitas pessoas simplesmente desconhecem a obra e nem imaginam do grande uso que a Igreja antiga e atual sempre fez.
O livro do Eclesiástico, ou também chamado como “Sabedoria de Ben Sirac” é o maior livro entre os deuterocanônicos. Segundo a vulgata de São Jerônimo, é o último dos livros sapienciais. Estaremos aqui, apresentando provas de que o livro é rejeitado porque muitas pessoas simplesmente desconhecem a obra e nem imaginam do grande uso que a Igreja antiga e atual sempre fez.
A CANONICIDADE DO LIVRO
- Jesus narra uma parábola citando os textos do livro.
Lc 12,16-21
– E propôs-lhe uma
parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; E
ele arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os
meus frutos. E disse: Farei isto:
Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei
todas as minhas novidades e os meus bens; E
direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos;
descansa, come, bebe e folga. Mas Deus
lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado,
para quem será? Assim é aquele que para
si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.
Eclo 24,44-45 –
Pois a luz da ciência que eu derramo sobre todos é como a
luz da manhã, e de longe eu a torno conhecida. Penetrarei em todas as
profundezas da terra, visitarei todos aqueles que dormem, e alumiarei todos os
que confiam no Senhor.- Descida de Cristo no Hades é profetizada.
I Pe 3,18-20 – Porque também
Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a
Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em
prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus
esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é,
oito) almas se salvaram pela água.
Eclo 1,5 – O verbo de Deus nos céus é fonte de sabedoria, seus
caminhos são os mandamentos eternos.- O “Verbo de Deus”.
Jo 1,1 – No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Eclo 28,23-26 – Feliz aquele que está ao
abrigo da língua perversa, que não passou pela cólera dela, que não atraiu
sobre si o seu jugo, e que não foi atado pelas suas correntes, pois o jugo dela
é um jugo de ferro, e suas correntes, correntes de bronze. A morte que ela dá é
morte desastrada, e a moradia dos mortos é-lhe preferível. Ela durará, mas não
sempre; ela dominará o proceder dos injustos, e os justos não serão devorados
pelas suas chamas.- A “língua”.
Tg 3.5-6 – Assim também a língua é um pequeno
membro, e gloriar-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo
incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está
posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da
natureza, e é inflamada pelo inferno.
É normal que muitos usem algumas passagens do livro do Eclesiástico para dizer
que a obra era preconceituosa em relação à mulher, porém, se olharmos outros
livros “protocanônicos”, veremos que os mesmos possuíam as mesmas ideias. O
fato aqui é entender a cultura de uma época distante. As menções de
Eclesiástico não diferem de outras e por esse motivo, não tira sua canonicidade.- Objeção protestante: O livro descrimina a mulher.
Eclo 3,17 e 23 – A
tristeza do coração é uma chaga universal, e a maldade feminina é uma malícia
consumada. Não há cólera que vença a da mulher. É melhor viver com um leão e um
dragão, que morar com uma mulher maldosa.
Pr 19,13 – O filho insensato é uma desgraça para o pai, e um gotejar contínuo as contendas da mulher.
Pr 21,19 – É melhor morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e irritadiça.
Pr 25,24 – Melhor é morar só num canto de telhado do que com a mulher briguenta numa casa ampla.
CONCLUSÃO
Através das passagens citadas e comparadas acima, entendemos que os eventuais e comuns argumentos daqueles que desmerecem os deuterocanônicos, não passam de mentiras. Como é possível ver, uma rápida análise dos versos, já nos mostra a verdade bíblica.
Em Cristo;
Érick Gomes