INTRODUÇÃO
Dando continuidade na defesa dos livros deuterocanônicos, colocarei aqui uma breve explicação sobre essas duas obras tão belas que narram a história dos irmãos Macabeus, especificamente de Judas Macabeu, um libertador do povo judaico do seu tempo. Farei aqui algumas comparações com outros textos das escrituras protocanônicas para assim, demonstrar que alguns problemas encontrados por parte daqueles que não aceitam esse livro, não passam de conjecturas.
Dando continuidade na defesa dos livros deuterocanônicos, colocarei aqui uma breve explicação sobre essas duas obras tão belas que narram a história dos irmãos Macabeus, especificamente de Judas Macabeu, um libertador do povo judaico do seu tempo. Farei aqui algumas comparações com outros textos das escrituras protocanônicas para assim, demonstrar que alguns problemas encontrados por parte daqueles que não aceitam esse livro, não passam de conjecturas.
I MACABEUS
- A FESTA DA DEDICAÇÃO
A maioria das festas do povo judeu podem ser encontradas em muitos livros, no entanto, lemos no evangelho de João a respeito de uma comemoração, sendo ela chamada de "festa da dedicação":
Jo 10,22-23 – Celebrava-se em Jerusalém
a festa da Dedicação e era inverno. Jesus caminhava no templo, no pórtico de
Salomão.
Dificilmente você encontrará menção dessa celebração em algum
livro do cânon hebraico, uma vez que, a instituição desta festa encontra-se
apenas no primeiro livro dos Macabeus:
I Mc 4,59 – Então Judas e seus irmãos
e toda a assembleia de Israel, determinaram que os dias da Dedicação do altar
fossem anualmente celebrados, no seu devido tempo, pelo espaço de oito dias, a
partir do dia vinte e cindo do mês de Casleu, com júbilo e alegria.
- OS MÁRTIRES
A literatura do livro de Macabeus se cruza com a obra do Apocalipse ao verificarmos um pedido similar que é feito para o "Rei". Assim como as Almas dos justos clamavam a Deus por justiça, assim os Israelitas foram ao Rei clamar por justiça:
I Mc 6,22-23 – E foram dizer ao Rei:
Quando pensas fazer justiça e vingar nossos irmãos?
Ap 6,10 – E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó
verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que
habitam sobre a terra?
- ENTREGOU SUA VIDA / SE ENTREGOU
Aqui encontramos mais uma comparação feita das palavras de Cristo que utilizava os livros gregos. Eleazar se entregou a morte para salvar seu povo. Jesus se entregou a morte para salvar o mundo.
I Tm 2,6 – Que se entregou em resgate por todos e como testemunho no
momento oportuno.
I Mc 6,44 – Entregou sua vida para salvar seu povo e assim ganhar fama
imortal.
II MACABEUS
- RESSURREIÇÃO
No livro de Hebreus, capítulo onze, identificamos vários atos heroicos que o escritor menciona citando vários personagens importantíssimo para a história do povo de Deus, porém, um deles nos chama a atenção: aqueles que aceitaram a tortura na esperança da ressurreição. Esse relato é encontrado no livro de segunda Macabeus.
II Mc 7,13-14 – Quando morreu este, torturaram de modo semelhante o quarto.
E quando esteve para morrer, disse: vale a pena morrer nas mãos dos
homens, quando se espera que o próprio Deus nos ressuscitará.
Hb 11,35 – Algumas mulheres recuperaram ressuscitados os próprios
maridos. Outros torturados, recusaram livrar-se, preferindo uma ressurreição de
maior valor.
- SACRIFÍCIO EXPIATÓRIO
Muito se especula nesta obra alegando que Judas Macabeu realiza um sacrifício expiatório em favor dos mortos. É certo dizer que Judas não o faz por achar simplesmente válido, mas sim, por seguir aquilo que a lei ensinava:
Lv 4,3 – Se for um sacerdote ungido que
cometeu a transgressão, comprometendo assim o povo, oferecerá ao Senhor pela
transgressão cometida um bezerro sem defeito, em SACRIFÍCIO EXPIATÓRIO.
II Mc 12,45-46 – Mas,
considerando que aos que morreram piedosamente estava reservado um magnífico
premio, a ideia é piedosa e santa. Por isso, fez uma EXPIAÇÃO pelos caídos,
para que fossem libertos do PECADO.
- ORAÇÃO PELOS MORTOS
Outro problema que muitos protestantes enxergam na passagem de II Mc 12.45-46 é a respeito do sacrifício expiatório para os falecidos. Muitos se opõem a passagem alegando que os “mortos nada sabem de coisa alguma”, porém, como as próprias escrituras atestam, Paulo na segunda epístola a Timóteo ora por Onesíforo (já morto) para que no dia do Senhor ele encontre misericórdia diante do Pai.
II Mc 12,45 –
Mas, considerando que aos que morreram piedosamente estava reservado um
magnífico premio, a ideia é piedosa e santa.
II Tm 1,16-18 – O Senhor
conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes me recreou, e não
se envergonhou das minhas cadeias. Antes, vindo ele a Roma, com muito
cuidado me procurou e me achou. O Senhor lhe conceda que naquele dia
ache misericórdia diante do Senhor. E, quanto me ajudou em Éfeso, melhor o
sabes tu.
- SUICÍDIO
Alguns argumentam que o livro de Macabeus ensina o “suicídio”, porém, se esquecem que ao olharmos todas as escrituras, encontramos escritas semelhantes, isto é, tirar a canonicidade de um livro por argumentos irrelevantes é pífio. Saul, primeiro Rei do povo escolhido, prefere “transpassar” a espada e ter uma morte digna, do que ser morto pelos próprios inimigos.
II Mc 14,40-42 – supondo que, prendendo-o, causaria aos judeus um golpe
penoso. Como essa tropa foi apoderar-se da torre e forçar a entrada, uma vez
que havia sido dada a ordem de atear fogo e incendiar as portas, Razis, quando
ia ser preso, transpassou-se com a própria espada, preferindo morrer nobremente
antes que cair nas mãos dos ímpios e padecer ultrajes indignos de seu
nascimento.
I Cr 10,4 – Então disse Saul ao seu escudeiro: Arranca a tua espada, e atravessa-me com ela; para que porventura não venham estes incircuncisos e escarneçam de mim. Porém o seu escudeiro não quis, porque temia muito; então tomou Saul à espada, e se lançou sobre ela.
- INTERCESSÃO DOS SANTOS
Outro problema que aqui sera refutado: a intercessão de Jeremias. Os protestantes dizem que os Santos não podem interceder pelos habitantes da terra, porém, sabemos pelas próprias escrituras que as almas clamam a Deus e que Moisés mesmo morto, apareceu a Cristo em sua transfiguração, dessa forma, cai por terra à falácia daqueles que não aceitam os dois livros de Macabeus.
II Mc 15,12-14 – Assim armou a todos não com a
segurança que vem das lanças e dos escudos, mas com a coragem que suscitam as
boas palavras. Narrou-lhes ainda uma visão digna de fé uma espécie de visão que
os cumulou de alegria. Eis o que vira: Onias, que foi sumo sacerdote, homem nobre
e bom, modesto em seu aspecto, de caráter ameno, distinto em sua linguagem e
exercitado desde menino na prática de todas as virtudes, com as mãos
levantadas, orava por todo o povo judeu. Em seguida havia aparecido do mesmo
modo um homem com os cabelos todos brancos, de aparência muito venerável, e
nimbado por uma admirável e magnífica majestade. Então, tomando a palavra,
disse-lhe Onias: Eis o amigo de seus irmãos, aquele que reza muito pelo povo e
pela cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus.
Ap 6,9-10 – E, havendo aberto o quinto
selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de
Deus e por amor do testemunho que deram.
- O LIVRO NÃO SE DECLARA INSPIRADO
Um dos grandes motivos que muitos procuram usar para dizer que o livro de Macabeus não é inspirado, é alegar que o autor declara que aos escrever, “não pode fazer melhor“.
Assim diz:
II
Mc 15,38-39 – Assim se desenrolaram os acontecimentos relativos a
Nicanor, e já que a partir dessa época Jerusalém permaneceu em poder dos
hebreus, finalizarei aqui minha narração. Se ela está felizmente concebida e
ordenada, era este o meu desejo; se ela está imperfeita e medíocre, é que não
pude fazer melhor.
A grande verdade é que o fato do
autor dizer essa frase, não impossibilita que o livro fosse inspirado! Como
veremos abaixo, em muitas ocasiões das cartas do apóstolo Paulo, lemos que o
mesmo ao escrever algumas palavras enfatiza que sua escrita não é do “Senhor” e
sim, uma opinião sua! No capítulo 7 e 11 de Coríntios vemos que o discípulo:
"Diz
que é ele quem diz, não o Senhor"
I Cor 7,12 – Mas aos outros digo eu, não
o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com
ele, não a deixe.
"Diz que ele não tem um mandamento do 'Senhor', mas da o seu parecer"
I Cor 7,25 – Ora, quanto às virgens, não tenho mandamento do Senhor; dou, porém, o meu parecer, como quem tem alcançado misericórdia do Senhor para ser fiel.
"Diz que o que fala não é segundo o Senhor, mas sim por sua loucura"
II Cor 11,17 – O que digo, não o digo segundo o Senhor, mas como por loucura, nesta confiança de gloriar-me.
O fato de Paulo
dizer algumas coisas usando a sua pessoa e não a “palavra do Senhor”, não desmerece
e nem tira a inspiração da carta, pelo contrário, faz de suas letras fontes de
edificação. Encontramos exemplos variados nas escrituras, mas, ao que parece, os
opositores da verdade enxergam somente aquilo que seus olhos querem ver.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Os livros deuterocanônicos compõem conceitos, ideias e doutrinas que se assemelham a outras obras que se fazem presentes no cânon hebraico. Através das citações aqui apresentadas, conseguimos visualizar que os livros de Macabeus, revelam a verdade que consta em toda a Bíblia e a Igreja, guiada pelo Espírito Santo, acertadamente os considera palavras sagradas e inspiradas.
Em Cristo Jesus;
Érick Gomes
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