INTRODUÇÃO
Seguindo a linha dos demais artigos, comentaremos neste texto o livro da “Sabedoria”. Escrito em grego entre os anos 150 a 50 a.C, constitui obra importante da versão dos 70. Está incluindo no cânon católico e orotodoxo. É rejeitado pelos protestantes.
Seguindo a linha dos demais artigos, comentaremos neste texto o livro da “Sabedoria”. Escrito em grego entre os anos 150 a 50 a.C, constitui obra importante da versão dos 70. Está incluindo no cânon católico e orotodoxo. É rejeitado pelos protestantes.
Desde o início
da Igreja, este livro tem sido usado grandemente pelos Pais da Igreja, sendo
obra primordial para a doutrina Cristã. Entre várias citações, encontramos a de
Gregório de Nazianzo:
“E como devemos preservar a verdade de que Deus penetra todas as coisas
e preenche tudo, como ESTÁ ESCRITO:
Não encho eu os céus e a terra? Diz o Senhor (Jeremias 23.24) e O Espírito do Senhor enche o mundo
(Sabedoria 1,7), se Deus contém em parte e em parte está contido”. (1)
A CANONICIDADE DO LIVRO
Sb 7,26 – É ela (sabedoria) uma efusão da luz eterna, um espelho sem
mancha da atividade de Deus, e uma imagem de sua bondade.- O livro menciona que a Sabedoria é o resplendor da Luz, Cristo é a Sabedoria.
Hb 1,3 – O
qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e
sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si
mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas
alturas.
Sb 2,13-20 – Ele se gaba de conhecer a Deus, e
se chama a si mesmo filho do Senhor. Sua existência é uma censura às nossas
ideias; basta sua vista para nos importunar. Sua vida, com efeito, não se
parece com as outras, e os seus caminhos são muito diferentes. Ele nos tem por
uma moeda de mau quilate, e afasta-se de nosso caminhos como de manchas. Julga
feliz a morte do justo, e gloria-se de ter Deus por pai. Vejamos, pois, se suas
palavras são verdadeiras, e experimentemos o que acontecerá quando da sua
morte, porque, se o justo é filho de Deus, Deus o defenderá, e o tirará das
mãos dos seus adversários. Provemo-lo por ultrajes e torturas, a fim de
conhecer a sua doçura e estarmos cientes de sua paciência. Condenemo-lo a uma
morte infame. Porque, conforme ele, Deus deve intervir.- Profecia da morte de Cristo.
Mc 14,61-65 – Mas ele calou-se, e nada respondeu. O sumo sacerdote
lhe tornou a perguntar, e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? E
Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do
poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu. E o sumo sacerdote, rasgando as
suas vestes, disse: Para que necessitamos de mais testemunhas? Vós ouvistes a
blasfêmia; que vos parece? E todos o consideraram culpado de morte. E alguns
começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe punhadas, e a
dizer-lhe: Profetiza. E os servidores davam-lhe bofetadas.
Sb 3,5-6 – e por terem sofrido um pouco, receberão grandes bens,
porque Deus, que os provou, achou-os dignos de si. Ele os provou como ouro na
fornalha, e os acolheu como holocausto.- Paulo cita uma passagem do livro para ensinar a passagem pelo “fogo”.
I Cor 3,15 – Se a obra que alguém edificou
nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar,
sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.
- Objeção protestante: “O livro diz que a Sabedoria salva”.
Um dos argumentos usados normalmente por outras confissões é dizer que a
obra ensina que a “sabedoria salva”. Na verdade, o escritor nada mais menciona
aquilo que outros livros (aceitos pelos mesmos) já dizem! Vejamos:
Sb 9,18 – Assim se tornaram direitas às veredas dos que
estão na terra; os homens aprenderam as coisas que vos agradam e pela sabedoria
foram salvos.
Pr 28,26 – O que confia no
seu próprio coração é insensato, mas o que anda em sabedoria, será salvo.
CONCLUSÃO
Em Jesus Cristo;
Érick Gomes.
FONTES UTILIZADAS
(1) Oração 28.7 (380 d.C)
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