INTRODUÇÃO
Após a minha conversão à fé católica, por diversas vezes, deparei-me
com textos
que tinham como intenção ataques
gratuitos a Santa Igreja, sendo que em todos eles, os autores que se aventuravam
em blasfemar a fé apostólica, pouco sabiam do que tentavam defender. Atualmente,
percebo que muitos anti-católicos, possuem uma visão deturpada do que é
verdadeiramente a Igreja, do que ela ensina e quais os motivos e argumentos de
nossos dogmas e doutrinas. Alguns agem por pura cegueira espiritual, outros talvez,
por falta de honestidade intelectual.
Acredito que o estudo verdadeiro da história cristã, poderia mudar
a ótica de muitos que hoje, perseguem a Igreja Católica por conta de um pré-conceito
infundado. Ora, se a fé católica professa em seu credo que crê em “Deus Pai todo poderoso, criador do céu e da
terra e em Jesus Cristo, seu único filho nosso Senhor”, como pensar que
seus ensinos são falsos e infundados?
Sendo assim, quem são esses “apologistas” que nunca se deram o trabalho
de ler o catecismo em sua totalidade e tão pouco a
bíblia? Quem são esses que desejam ensinar aquilo que desconhecem, pois, nunca
leram encíclicas e documentos de grande importância? Quem são esses homens que
jamais descobriram a teologia cristã católica através da vida dos veneráveis
santos que não só ensinaram, mas que, deram embasamento teórico e fundamental
para a vida de muitas pessoas que assim como eles, amaram Jesus Cristo na
radicalidade do evangelho?
A ideia do texto aqui exposto será refutar um artigo que tem circulado na internet, onde o autor
procura denegrir a fé católica em resposta à pergunta de um internauta: “O Catolicismo é uma falsa
religião? Os católicos são salvos?”.
As palavras do autor anti-católico estarão em azul.
REFUTANDO AS HERESIAS
O
mais urgente problema com a Igreja Católica Romana é sua crença de que somente
a fé em Cristo não é suficiente para a salvação. A Bíblia claramente e
consistentemente afirma que recebendo a Jesus Cristo como Salvador, pela graça
através da fé, nos é concedida a salvação (João 1:12; 3:16,18,36; Atos 16:31;
Romanos 10:9-10,13; Efésios 2:8-9). A Igreja Católica Romana rejeita isto.
Não, a Igreja Católica não rejeita uma verdade que é propagada por
ela mesmo. Se não há a fé no Cristo, não há Igreja, não há liturgia, não há
sacramentos, não há bíblia, não há católicos. O primeiro erro do autor é
atribuir um falso argumento que não é afirmado pelo catolicismo. O catecismo da
Igreja afirma em diversos pontos que:
Jesus Cristo deve ser anunciado
em todos os povos
CIC 74 – “Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao
conhecimento da verdade (I Tm 2,4),
isto é, de Jesus Cristo. É preciso, pois, que Cristo seja anunciado a todos os
povos e a todos os homens, e que dessa forma a Revelação chegue até as
extremidades do mundo”.
Jesus Cristo é o centro de toda
a liturgia
CIC 662 – “Como sumo sacerdote dos bens vindouros (Hb 9,11), ele (Jesus) é o centro e o ator principal da liturgia que
honra o Pai nos céus”.
Jesus Cristo é a cabeça da
Igreja
CIC 782 – “Este povo tem por Chefe (Cabeça) Jesus
Cristo”
Jesus é a verdade e a luz
CIC 2466 – “Em Jesus Cristo, a verdade de Deus se
manifesta plenamente. “Cheio de graça e verdade”, Ele é a luz do mundo”.
Jesus é o único mediador
CIC 2593 – “A oração de Moisés responde a iniciativa do
Deus vivo para a salvação do seu povo Prefigura a oração de intercessão do
único mediador, Jesus Cristo”.
A fé para crer no Cristo
CIC 161 – “É necessário, para obter esta salvação, crer
em Jesus Cristo e naquele que o enviou para nossa salvação. Como, porém, sem fé
é impossível agradar a Deus (Hb 11,6)
e chegar ao consórcio dos seus filhos, ninguém jamais pode ser justificado sem
ela, nem conseguir a vida eterna, se nela não permanecer até o fim (Mt 10,22; 24,13)”.
Se afirmamos com base na doutrina católica que a fé é necessária
para crer no Cristo e “obter a salvação”, como poderiam dizer que nós a rejeitamos?
Jamais poderíamos ir contra aquilo que é ensinado na própria Igreja, pois,
antes de tudo, é através dela que essa chama continua a se propagar.
A
posição oficial da Igreja Católica Romana é que uma pessoa deve crer em Jesus
Cristo E ser batizada E receber a Eucaristia junto com os outros sacramentos E
obedecer aos decretos da Igreja Católica Romana E fazer boas obras E não morrer
com qualquer pecado mortal E etc., etc., etc... A divergência do Catolicismo
com a Bíblia nestes assuntos tão importantes como a salvação faz com que sim, o
Catolicismo seja uma falsa religião.
É interessante que o autor das palavras, não atentou-se em
perceber que grande parte de suas palavras, apresentam afirmações que vão em
total desencontro com a própria escritura.
De forma pejorativa, o escritor procura passar que os demais sinais
deixados pelo próprio Senhor, não teriam qualquer valor, já que, qualquer um
que confessar a Jesus seria salvo sem que fosse batizado, por exemplo. Se assim
fosse, teríamos que aceitar em nosso seio comunitário os espíritas, testemunhas
de Jeová, mórmons e qualquer outro que diga que “acredita em Cristo”.
O que afirmamos pela própria escritura que crer no Senhor é uma
adesão pessoal, porém, consiste em uma entrega total, para assim, buscar a
salvação e a santificação todos os dias. Ora, precisamos ser batizados para
iniciar nossa caminhada juntos de Jesus (At
2,38), precisamos da Eucaristia, uma vez que, o próprio Cristo ensinou que
“Quem come a minha carne e bebe o meu
sangue permanece em mim e eu nele” (Jo
6,56). Tiago ensina em sua epístola que a “fé sem obras é morta” (Tg
2,26), assim como sabemos pelo próprio Apocalipse que, na nova Jerusalém
nada de impuro poderá entrar (Ap 21,27)
e por esse motivo, se faz necessário o perdão dos pecados, sejam eles mortais
ou veniais (Jo 20,23; Tg 5,16). A Igreja sendo fundada pelo
próprio Deus (Mt 16,18-19), deve ser
respeitada, amada e obedecida. Se não professarmos que “cremos na Santa Igreja Católica”, como poderíamos acreditar em todo
o cristianismo, sendo que, foi por ela que a fé foi preservada em sua integridade?
Além de que, os sacramentos são sinais do amor maravilhoso de Deus para com
seus filhos. Nós somos como fagulhas de um grande fogo e se sairmos desse
fogaréu, morreremos apagados. Os sacramentos nos fortificam para que possamos
continuar nossa caminhada diária e se não comungamos desses sinais abençoados
pelo próprio Jesus, seremos como essa fagulha morta.
Se uma pessoa crê no que a Igreja Católica
oficialmente ensina, ela não será salva. Qualquer afirmação de que obras ou
rituais devem ser acrescentados à fé para se alcançar a salvação é uma
afirmação de que a morte de Jesus não foi suficiente para comprar completamente
a salvação.
A Igreja Católica ensina oficialmente que o Cristo é a
centralidade de toda a nossa fé. O próprio ano litúrgico é a prova real de que
vivemos todo o ano acompanhando os passos de Jesus e se seguimos aquilo que a
comunhão católica nos oferece, seremos salvos, já que, é o próprio Senhor que
guia a sua Igreja em todo o mundo.
CIC 852 – “O Espírito Santo é o
protagonista de toda a missão eclesial. É ele quem conduz a Igreja pelos
caminhos da missão. Esta missão, no decurso da história, continua e desdobra a
missão do próprio Cristo, enviado a evangelizar os pobres. Eis porque a Igreja,
impelida pelo Espírito de Cristo, deve trilhar a mesma senda de Cristo, isto é,
o caminho da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si até a morte
da qual Ele saiu vencedor por sua Ressurreição”.
Como já dito no tópico anterior, tudo o que está envolvido dentro
da Igreja (sacramentos, liturgia, doutrinas), são sinais da presença viva de
Deus no meio do seu povo e nos auxilia a viver uma vida santa na presença do
Pai.
A morte de Jesus foi suficiente para a salvação de todos os homens
e tudo o que há na fé católica, só existe por consequência desse sagrado
madeiro onde o Cristo entregou-se pelo gênero humano. O autor do texto
desconhece o que o catolicismo ensina, sendo assim, faz-se necessário deixar
aqui mais um registro do catecismo da Igreja:
CIC 1019 – “Jesus, o filho de Deus,
sofreu livremente a morte por nós em uma subimissão total e livre à vontade de
Deus, seu Pai. Por sua morte ele venceu a morte, abrindo, assim, a todos os
homens a possibilidade da salvação”.
A Igreja Católica Romana ensina muitas
doutrinas que estão em contradição com o que a Bíblia declara. Entre elas estão
à sucessão apostólica, a adoração a santos ou Maria, a oração a santos ou
Maria, o papa/papado, o batismo de bebês, a transubstanciação, as indulgências
plenárias, o sistema de sacramentos e o purgatório. Apesar da afirmação dos
católicos de que há base nas Escrituras para estes conceitos, nenhum destes
ensinamentos tem base sólida e clara nos ensinamentos das Escrituras. Estes
conceitos são baseados em tradição católica, não na Palavra de Deus. De fato,
todos eles claramente contradizem os princípios bíblicos.
Sucessão Apostólica
A Igreja possui um “único Senhor, uma única fé e um só batismo” (Ef 4,5), isto é, não existe outro
caminho que possa ser construído, se não estiver contemplado no ensino da
Igreja. Jesus Cristo deixou claro a Pedro, ao declarar que “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a
minha Igreja” (Mt 16,18) e ainda
mais, o próprio Senhor deu as chaves do Reino dos Céus para Cefas e os demais
apóstolos (Mt 16,19; Mt 18,18) para que as decisões sejam
tomadas e tanto a “terra” quanto o “céu” estejam de pleno acordo. O apóstolo
Paulo afirma que estamos edificados sobre um fundamento “apostólico” (Ef 2,20). A sucessão de todo o
colegiado confirma a fé da Igreja que continua a transmitir fielmente aquilo
que foi deixado pelos primeiros seguidores de Cristo. Os doze apóstolos tinham
autoridade (Lc 9,1), foram
incumbidos da missão evangélica (Jo
20,21-23) e ensinavam os novos cristãos para que observassem suas decisões
(At 16,4).
Não vivemos uma fé confusa e perdida, estamos enraizados em um
único caminho, graças à sucessão dos bispos que guardaram nos últimos dois mil
anos, os ensinos dos apóstolos.
“Adoração aos Santos ou Maria”
Desafio o autor do texto a mostrar um único documento em que a
Igreja afirma que devemos “adorar os Santos e Maria”!
Reafirmemos o que a Igreja ensina:
Rm 12,10 – “Amai-vos cordialmente
uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos
em honra uns aos outros”.
I Tm 2,1 – “Recomento, pois, antes de tudo que
se façam pedidos, orações, súplicas e ações
de graças, por todos os homens”.
Veneramos com total piedade a vida dos Santos e da
Virgem Maria, pois, temos em cada um deles grandes exemplos de amor a Cruz de
nosso Senhor. Jamais poderíamos adorar qualquer outro nome, que não seja o de
Cristo. O próprio catecismo afirma que:
CIC 150 – “É justo e bom entregar-se totalmente a Deus e
crer absolutamente no que Ele diz. Seria vão e falso pôr tal fé em uma
criatura”.
Isto é, todo o nosso amor e nossa devoção a virgem
e aos santos, está puramente ligado ao nosso amor a Cristo e a Igreja. Comungamos
do mesmo corpo e do mesmo sangue e continuamos ligados intimamente pelo
sacrifício de Jesus. Honramos todos aqueles que anteriormente a nós, traçaram
um caminho de dor e conquistaram a coroa da vitória na eternidade. Nós devemos
continuamente buscar a santidade para que tenhamos o mesmo destino de todo àquele
que entregou-se por amor a Deus.
Esse assunto já foi tratado em outros artigos deste
blog, acesse:
“Oração aos Santos ou Maria”
Diferente do materialismo protestante, a Igreja
Católica conserva desde seu início primitivo, a fé na comunhão espiritual de
todo o Corpo de Cristo, isto é, cremos que todos aqueles que morrem em “estado
de graça”, encontram-se contemplando a face de Deus. Paulo enquanto vivia,
afirma seu desejo de estar com Jesus:
Fl 1,23 – “Sinto-me num dilema: meu desejo é partir e
estar com Cristo, pois isso me é muito melhor”.
A fé católica afirma que Maria Santíssima e os
Santos, desfrutam de uma visão beatífica, ao ponto de, interceder continuamente
pela Igreja. É a comunhão dos santos que professamos no credo, a oração que uni
todos os cristãos em uma única fé. As sagradas escrituras possuem provas
abundantes de que continuamos comungando do “Cristo total”, afinal, a Igreja
celeste contempla todos os justos que chegaram à perfeição do espírito.
Hb 12,22-23 – “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do
Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; a universal
assembleia e a Igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus,
o juiz de todos, e aos ESPÍRITOS dos justos aperfeiçoados”.
Para maiores informações do dogma da “intercessão
dos santos” e da crença na “imortalidade da alma”, acesse:
“O Papa/Papado”
Deus não é um Deus de confusão (I Cor 14,33) e tão pouco de desordem,
isto é, a Igreja sendo fundada pelo próprio Cristo, deveria se estruturada para
que assim, todos os cristãos possuíssem uma verdadeira noção das reais e
verdadeiras doutrinas que seriam divulgadas por todo o mundo. Quando falamos
sobre o papado, não estamos nos referindo a um cargo de mandato, ao contrário,
o papado é uma posição de serviço na Igreja. Foi deixada pelo próprio Senhor.
Percebam que quando as escrituras ensinam que nossa fé é única (Ef 4,5), trata de uma unidade que
corresponde a toda a assembleia reunida no mundo inteiro e quando pensamos no
papado e em todo o colegiado apostólico, temos a plena consciência que a
liderança da Igreja reflete a unidade dogmática do que acreditamos. Os
apóstolos reuniram-se em Jerusalém para o primeiro concílio, onde Paulo e
Barnabé os procuraram para encontrar soluções para aqueles que pregavam que os
convertidos deveriam ser circuncidados (At
15,1-4), então, Pedro na qualidade de líder da Igreja primitiva, levanta-se
e abre o concílio (At 15,7). Ações
como essa, sempre foram primordiais e moldaram o conceito de papado durante o
século.
A Igreja foi fundada pelo próprio Cristo e como
prova visível da sua estrutura, colocou “Kepha” (Pedro) a sua frente:
Mt 16,18 – “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre
esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Hades nunca prevalecerão contra ela”
Deu a ele as chaves do Reino dos céus e o poder de
“ligar e desligar” tudo o que pode ser promulgado em matéria de fé e
disciplina:
Mt 16,19 – “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o
que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será
desligado nos céus”.
Por fim, afirmou que Pedro deveria “confirmar a fé”
de seus irmãos:
Lc 22,31 – “Simão, Simão, eis que Satanás pediu
insistentemente para vos peneiras como trigo, eu, porém, orei por ti, a fim de
que tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos”.
E apascentar o rebanho do Senhor:
Jo 21,17 – “Pela terceira vez lhe disse: ‘Simão, filho
de João, tu me amas’? Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe
perguntara ‘Tu me ama’? e lhe disse: ‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te
amo’. Jesus lhe disse: ‘Apascenta as minhas ovelhas”.
A função de Pedro, constituída pelo próprio Cristo,
foi dada a seus sucessores e o papado vive essa realidade.
Para mais informações, acesse:
“O Batismo de Bebês”
O batismo de bebês é uma pratica antiga da Igreja
que encontra-se indicada na bíblia, ainda que de forma “indireta”. Ainda sim,
antes de qualquer argumento é importante salientar que todas as denominações
protestantes históricas batizam suas crianças (luteranos, metodistas,
presbiterianos e anglicanos) e se o autor do texto possui reais objeções, este
deveria dirigir-se primeiramente as igrejas de orientação “reformada” e
questioná-los, já que, foram os pentecostais que baniram a prática do batismo
infante, que diga-se de passagem, está plenamente integrada na Igreja antiga
desde o seus primórdios.
Assim diz o catecismo:
CIC 1262 – “Os diferentes efeitos do Batismo são
significados pelos elementos sensíveis do rito sacramental. O mergulho na água
faz apelo ao simbolismo da purificação, mas também da regeneração e da
renovação. Os dois efeitos principais são, pois, a purificação dos pecados e o
novo nascimento no Espírito Santo”.
Desde a era primitiva, a Igreja jamais negou o
batismo a ninguém. Adultos, jovens, idosos e crianças devem e podem receber o
sacramento batismal, desde que, exista a plena razão do receptor do batismo ou
daqueles que sejam os intermediários a permitir por alguém que não está no uso
de sua razão.
A Igreja crê que todos nós nascemos com o chamado
“pecado original” e por esse motivo, faz-se necessário o batismo infante, afim
de que, as crianças também sejam resgatadas por meio dessa graça purificadora e
também para que sejam apresentadas a toda a assembleia. Entretanto, erram
aqueles que imaginam que a fé católica não concede os meios necessários para
que toda criança não aprimore as faculdades de sua fé. Todas as pessoas
responsáveis por entregar os infantes ao batismo, devem guiá-los na fé da
Igreja para que cada um seja catequizado e ao chegar na idade do pleno
entendimento, consolide sua iniciação cristã por meio da crisma que é a
“confirmação” do batismo, do
derramamento do Espírito Santo e da fé em Cristo, isto é, ainda que alguém seja
batizado sem o uso da razão, ao chegar na fase adulta, poderá confirmar e
reafirmar seu compromisso batismal através da crisma.
O protestantismo histórico possui prática
semelhante ao conceder aos catecúmenos, a oportunidade de professar a sua fé
publicamente e “aceitar” o seu batismo.
A pratica de batizar crianças é atestada
explicitamente desde o século II e possui registros bíblicos. Ao verificarmos
que muitas pessoas ao receberem o batismo do Senhor, faziam com que toda a sua
casa também fosse batizada, leva-nos a crer a respeito dessa verdade. Levando
em consideração que na época cristã primitiva, seria impossível não existir
crianças nas famílias tribais, possuímos a plena consciência que o período apostólico confirma
o batismo infantil.
Vejamos pela própria escritura:
At 16,14-25 – “Uma delas, chamada Lídia, negociante de
púrpura da cidade de Tiatira, e adoradora de Deus, escutava-os. O Senhor lhe
abrira o coração, para que ela atendesse ao que Paulo dizia. Tendo sido batizada, ela e os de sua
casa”.
At 16,32-33 – “E
anunciaram-lhe a palavra do Senhor, bem como a todos os que estavam em sua
casa. Levando-os consigo, naquela mesma hora da noite, lavou-lhes as feriadas,
e imediatamente foi batizado, ele e
todos os seus”.
At 18,8 – “Mas Crispo, o chefe da sinagoga, creu no
Senhor com toda a sua casa”.
I Cor 1,16 – “É verdade, batizei também a família de Estéfanas”.
Se levarmos em consideração que a palavra “família”
ou “casa” retrata um grupo de pessoas formadas por adultos e crianças, podemos
assim, entender que o batismo infante já era uma prova fiel do que a Igreja
realiza há tanto tempo: batizar toda a casa na fé universal.
“A transubstanciação”
I Cor 10,16 – “O cálice de bênção que abençoamos, não é
comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos, não é a comunhão com o
corpo de Cristo”?
O uso do termo “transubstanciação” foi adotado pela
Igreja para descrever o que ocorre no momento da consagração do pão
eucarístico, onde, as espécies tornam-se verdadeiramente o corpo e o sangue de
Jesus Cristo, nosso Senhor.
Embora as escrituras não usem desse termo (assim
como não cita a palavra trindade, por exemplo), em várias passagens, podemos
verificar claramente que a Igreja primitiva possuía uma forte relação com a
eucaristia, ao ponto de, não deixar de acreditar que as espécies consagradas de
fato, eram o próprio corpo de Jesus.
Observem que Paulo, ao escrever aos Coríntios por
volta do ano 55, diz que o cálice de benção é a própria comunhão com o sangue e
corpo do Cristo (I Cor 10,16), isto
é, a Igreja antiga, antes de tomar parte da ceia, abençoava o cálice e o pão,
acreditando piamente que ao tomar as espécies consagradas, havia ali à comunhão
com o próprio Senhor. Em um capítulo posterior, o apóstolo afirma que tomar
indignamente os elementos consagrados, fazia dos comungantes réus da sua
própria condenação (I Cor 11,27-29).
Sendo assim, como imaginar que aqueles irmãos, viam
no banquete eucarístico, um simples simbolismo?
O próprio Cristo lançou as bases de nossa fé ao
afirmar que beber o seu sangue e comer da sua carne, faz de nós dignos de
permanecer nEle:
Jo 6,55 – “Pois a minha
carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come
a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”.
A eucaristia é a realidade plena da Igreja,
cultivada e adorada desde o início da fé primitiva.
Para maiores esclarecimentos, acesse:
“Indulgências”
A Igreja, tendo como cabeça o próprio Cristo e
sendo fundada na autoridade de Pedro (Mt
16,18), tem o poder de “ligar e desligar” (Mt 16,19), sendo assim, o catecismo ensina em seu parágrafo 1471:
“A indulgência é a remissão, diante de Deus, da
pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, (remissão) que
o fiel bem disposto obtém, em condições determinadas, pela intervenção da Igreja, dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o
tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos”.
A Igreja dotada de sua autoridade, uma vez revestida
pelo próprio Jesus, vem em socorro dos cristãos oferecendo-lhes a remissão dos
pecados diante de Deus, mediante a sua aplicabilidade como testemunha do Senhor
e guia do caminho que leva a salvação. Esse socorro chamado de “indulgência” é
concedido para a remissão das penas temporais, onde os méritos de Cristo são
derramados abundantemente na vida do católico.
Diferente de outros segmentos cristãos que não
possuem uma base sacramental alicerçada na “penitência”, é primordial mencionar
que as indulgências só são possíveis devido à autoridade que a Igreja possui,
isto é, revestida pelo próprio Senhor Jesus Cristo.
“Sacramentos”
Os sacramentos são sinais do amor de Deus, deixados
pelo próprio Cristo para a santificação de toda a Igreja. O sacramento além de
ser essencialmente sagrado é uma fonte da grande bondade do Senhor que procura
através deles, incentivar seus filhos e filhas a buscar diariamente a santidade.
Biblicamente, todos os sacramentos são respaldados
por mandato do Senhor ou por cunho apostólico da autoridade da Igreja.
Vejamos:
Batismo
Porta de entrada para a vida cristã. Perdoa os
pecados e transforma o receptor em uma nova criatura em Jesus Cristo.
Encontramos referências nos seguintes textos: Mt 28,19; At 1,5; Rm 6,4.
Crisma
Confirmação do batismo, entronização perfeita na fé
do Cristo e o recebimento dos sete dons do Espírito Santo. Ainda na época
apostólica e primitiva, era comum observar que alguns fiéis eram batizados e
não “recebiam o Espírito Santo”, pois, ainda não estavam confirmados. Assim
como foi com as pessoas que residiam em Samaria que ao acolherem a palavra de
Deus, foram batizadas (At 8,16),
porém, precisaram que Pedro e João fossem posteriormente até eles, para que,
impondo-lhes as mãos, recebessem o Santo Espírito, confirmando assim, o batismo
outrora realizado.
At 8,15-17 – “Estes, descendo até lá, oraram por eles, afim
de que recebessem o Espírito Santo. Pois não tinha descido ainda sobre nenhum
deles, mas somente haviam sido batizados em nome do Senhor Jesus. Então
começaram a impor-lhes as mãos e eles
recebiam o Espírito Santo”.
Eucaristia
Ápice do culto católico, a Eucaristia (do grego:
“ação de graças”) retrata fielmente a última ceia do Senhor realizada na
presença de todos os apóstolos. Foi instituída pelo próprio Cristo ao dizer que
tudo deveria ser feito em sua memória: Mt
26,17; Jo 6,22; At 2,42; 1 Cor 10,16-17.
Confissão
É o sacramento da reconciliação onde o católico tem
a oportunidade de confessar seus pecados e ser integrado novamente a comunhão
junto de todos os irmãos e do Cristo. Nosso Senhor deixou esse sacramento à
Igreja ao afirmar a todos os apóstolos que eles teriam o poder de “perdoar” e
“reter” os pecados dos cristãos:
Jo 20,23 – “Aqueles a quem perdoardes os pecados
ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais retiverdes ser-lhe-ão retidos”.
O próprio apóstolo Tiago, em sua epístola,
ensina-nos a “confessar os nossos pecados”:
Tg 5,16a – “Confessai, pois, uns aos outros, vossos
pecados”.
Unção dos
Enfermos
A unção dos enfermos é um dos sacramentos da cura,
utilizando não apenas em momentos de morte, mas, em situações onde o cristão
encontra-se enfermo, debilitado ou em casos onde o fiel passará por alguma
cirurgia. O óleo usado é consagrado, assim como as escrituras atestam:
Tg 5,14 – “Alguém dentre vós está doente? Mande chamar
os presbíteros da Igreja para que orem por ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor”.
Matrimônio
O sacramento do matrimônio, por si só, não
precisaria ser afirmado pela Igreja como “sacro”, uma vez que, a instituição do
casamento é divina, santa e segundo a vontade de Deus. Admiro-me que o
protestantismo não possa chamar algo abençoado pelo próprio Senhor como um
sacramento cristão. A própria Igreja é sinal da união da “noiva com o Cristo”,
sendo assim, como não considerar o matrimônio um sinal visível do amor do Pai?
A Igreja tem no matrimônio, um sacramento vivo da
presença de Deus na vida do casal que compromete-se a instituir uma família.
Biblicamente falando, o casamento está entronizado desde a Igreja primitiva.
Mt 19,5-6 – “Por isso o homem deixará pai e mãe e se
unirá a sua mulher e os dois serão uma só carne. De modo que já não são dois,
mas uma só carne. Portanto, o que
Deus uniu, o homem não deve separar”.
O que o próprio Deus uniu, é sagrado, é sinal de
amor, é santo, logo, é sacramento.
Ordem
O sacramento da ordem é destinado aos homens que
aspiram ao sacerdócio. É a confirmação da continuidade apostólica e da unidade
da Igreja que vê nesses fiéis consagrados, os pastores que guiarão as paróquias
pela via dos ensinos da fé católica. De acordo com o catecismo, o sacramento da
ordem por ser definido da seguinte forma:
CIC 1536 – “A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão
confiada por Cristo aos Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até o fim
dos tempos: é, portanto, o sacramento do mistério apostólico. E compreende três
graus: o episcopado, o presbiterado e o diaconato”.
Para a fé católica, nada por ser realizado se não
estiver sob as bênçãos de Deus e todo sacerdote deve ser consagrado e ordenado
para tal função. O sacramento da ordem conduz ao homem, ao caminho de
pastoreio, para que assim, guie a Igreja em sua plena verdade.
“Purgatório”
O purgatório é bíblico e está presente desde o
início da era primitiva. A Igreja não inventou absolutamente nada, diferente de
outros segmentos cristãos que acreditam que as pessoas que morrem em pecado, ou
“perdem a salvação” ou são “purificadas magicamente”, nós cremos que todo
aquele que morreu salvo pelo sangue de nosso Senhor, mas ainda sim, não
alcançou a plenitude da graça contendo pecados veniais, será purificado através
do “fogo do amor de Deus” que a fé católica entende como o purgatório.
As escrituras deixam claras que o céu é um lugar
puro, onde, o pecado não pode residir (Ap
21,10-11.27) e o apóstolo Paulo diz aos coríntios que aquele que passar
pelo fogo, poderá salvar-se:
I Cor 3,15 – “Aquele, porém, cuja obra for queimada
perderá a recompensa. Ele mesmo, entretanto, será salvo, mas como que através do fogo”.
O purgatório não invalida o sacrifício do Cristo, ao contrário
disso, engrandece a obra salvadora de Jesus, já que, todos aqueles que
permanecem neste estado, já estão salvos pelo sacrifício expiatório de nosso
Senhor e Salvador.
Para mais informações, acesse:
Os cristãos católicos continuam na Igreja
Católica por ignorância do que a Igreja Católica realmente significa, por
motivo de tradição familiar e pressão de pessoas próximas, ou por desejo de
alcançar outros católicos para Cristo.
Depois de expor de forma vil e medíocre uma série
de argumento refutáveis, o autor do texto deseja transferir a sua ignorância
aos católicos que vivem a sua fé com simplicidade.
Enquanto um homem estuda oito anos para tornar-se
um padre e pode assim, arrebanhar uma Igreja inteira, grande parte dos
“ungidos” pastores protestantes, não estudam, apenas dizem-se “tocados” e
“chamados” e fundam igrejas sem qualquer discernimento. Há outra ala mais
tradicional que aventura-se por seminários, estudam de fato, porém, são
pouquíssimos, visto que, o protestantismo tradicional tem esgotado-se no
Brasil.
Como dizer que os católicos são ignorantes? Seria
injusto dizer isso, tendo em vista que é o próprio protestantismo que tem se
dividido desastrosamente devido à ignorância de seus fiéis?
Sendo assim, acredito que a minha experiência
pessoal possa ser útil. Desde os meus sete anos, cresci no protestantismo e
sempre procurei a conversão dos católicos, já que a minha visão era igual ao
criador deste texto. Graças a Deus, tive a oportunidade de estudar o
catolicismo a partir dos meus dezesseis anos e descobri de fato, o que era a
Igreja Católica. Não existe pressão, e tão pouco tradição familiar. Essas
invenções anti-católicas só são distribuídas gratuitamente por parte daqueles
que desejam desmoralizar o catolicismo, sem antes conhecê-lo.
Só é católico quem vive a fé verdadeiramente.
Quem quiser e se interessar, pode acessar o meu testemunho
onde narro os detalhes da minha conversão. Tudo para honra e glória de Deus!
Ao mesmo tempo, a Igreja Católica também leva
muitas pessoas para longe de um genuíno relacionamento de fé com Cristo. As
crenças e práticas não bíblicas da Igreja Católica Romana têm frequentemente
dado aos inimigos de Cristo oportunidade para blasfemar. A Igreja Católica
Romana não é a igreja que Jesus Cristo estabeleceu.
E o que é um relacionamento genuíno, se não a
perfeita unidade eucarística com o próprio Cristo e com toda a sua Igreja em
todos os seus níveis (militante, padecente e triunfante) dentro do culto
católico que é a própria missa? Só há um verdadeiro relacionamento com o Senhor
quando comungamos verdadeiramente dele (Jo
6,54), pois só assim, Ele permanece em nós (Jo 6,56).
O protestantismo está longe de conhecer
verdadeiramente a Igreja Católica, já que, prioriza as divisões e a desordem
muito bem proibidas por Paulo:
I Cor 1,10 – “Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor
Jesus Cristo, que todos estejam em pleno
acordo e que não haja entre
vós divisões. Vivei em boa harmonia, no mesmo espírito e no mesmo sentido”.
Se há tantas denominações espalhadas, cada uma com
seu fundador, com sua doutrina e com seus costumes, como dizer que nós é que
não temos um relacionamento genuíno com o Senhor? Vivemos uma única realidade
dentro de uma única Igreja espalhada por todo o mundo.
Ef 4,5 – “Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo”.
Se não há nem acordo no batismo entre as
denominações protestantes, quanto dirá nas questões da “fé no Cristo”.
Apesar das palavras de Jesus em Marcos 7:9
terem sido direcionadas aos fariseus, elas descrevem com precisão a Igreja
Católica Romana: “Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa
tradição”. Assim como a Tradição Apostólica, as Santas Escrituras dão o testemunho
daquilo que cremos e daquilo que adoramos.
As palavras do
autor do texto, só atestam a total ignorância do que ele conhece sobre a Igreja
Católica. Os próprios escritos vétero-testamentários foram construídos com base
nas mais diversas tradições das escolas judaicas (javistas, sacerdotais,
eloístas, deuteronomistas), isto é, se o judaísmo possuía tradições, seria
óbvio que a revelação cristã também se apoiasse nelas. A revelação se dá
mediante as escrituras de forma fixa e imutável e a tradição é alimentada pelo
próprio Espírito Santo que guia a Igreja durante a era pós-apostólica, sendo
que, ela corrobora com a fé e não apresenta modificações.
Estamos vivendo
a dois mil anos baseados pela Escritura e pela Tradição e assim, continuamos
anunciando o Senhor.
Através das
palavras de Paulo, a escritura atesta que a “tradição oral” já era fonte de revelação
por parte dos cristãos primitivos, até porque, o novo testamento como o
conhecemos atualmente, estava em processo de formação. As cartas e os
evangelhos estavam sendo copilados e nem todas as comunidades teriam acesso a
eles, já que, não havia uma forma rápida de copiar tais escritos para todas as
Igrejas já fundadas.
Sendo assim, o
apóstolo diz:
II Ts 2,15 – “Portanto, irmãos, ficai
firmes; guardais as tradições que vos ensinamos oralmente ou por escrito”.
II Ts 3,6 – “Mandamos-vos, porém,
irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão
que anda desordenadamente, e não
segundo a tradição que de nós recebeu”.
II Tm 2,2 – “O que de mim ouviste, na presença de muitas testemunhas, confia-o a
homens fieis, que sejam idôneos para ensiná-lo
a outros”.
Ao que parece,
Paulo não era contra a “tradição oral cristã” e aqui, fica a pergunta: por qual
motivo, o autor do texto invalida estas passagens e não as revela a seus
leitores?
O assunto
referente à tradição já foi tratado neste blog. Acesse o link abaixo para a
leitura do artigo:
CONCLUSÃO
A Igreja tem uma
história rica e espiritual. Tanto a escritura quanto a tradição atestam sua
veracidade e Jesus Cristo, no uso de sua autoridade, jamais falharia ao
prometer que as “portas do inferno jamais prevaleceriam” sobre aquilo que ELE
próprio fundaria (Mt 16,18).
O artigo aqui
apresentado teve como uma única finalidade: defender a fé una, santa, católica
e apostólica.
Como cristãos
católicos, somos convidados a dar razão de nossa fé:
I Pe 3,15 – “Antes, santificai a Cristo,
o Senhor, em vossos corações, estando sempre prontos a dar razão da vossa
esperança”.
Sendo assim,
defendamos aquilo que nos salvará!
Que a Virgem
Maria rogue por nós para que sejamos mais de Cristo e menos de nós mesmos.
Paz e bem!
Érick Augusto
Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário