Mt 4,10 – “Ao Senhor teu Deus adorarás e
a ele só prestarás culto”
1.
INTRODUÇÃO
Muito
antes de decidir-me pela fé católica e assumir publicamente um compromisso com
a Igreja de Cristo, desde meus tempos de dúvida e de “cultos presbiterianos”,
tenho ouvido incessantemente por parte de muitos desinformados que a missa é um
ato mariocentrico. Mesmo após a minha conversão, até hoje, custo entender em qual base está embasada tal afirmação. É provável que aqueles que
sustentem tal invencionice, não se deem conta de que a missa é a ação divina onde o “ápice do louvor” sobe como perfume suave ao coração de Deus e todo e
qualquer ato de culto pregado pela fé católica só subsiste em um único fundamento: a adoração de Jesus Cristo.
Na intenção de eliminar essa mentira,
detalharemos a santa missa para que assim, todos entendam que não há outro
fundamento que seja adorado se não o próprio Deus.
2.
A
SANTA MISSA
Chamamos
de missa ou celebração da santa eucaristia o ato em que os cristãos católicos
recordam de forma solene o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do calvário,
relembrando assim, os atos da última ceia onde o próprio Cristo, junto dos
apóstolos, a estabeleceu como memorial vivo da sua paixão. A missa é dividida em
quatro partes, porém, duas delas são as principais, sendo elas:
(1) Liturgia da palavra:
Comungamos das leituras do velho e novo testamento, em especial, os evangelhos;
(2) Liturgia eucarística:
É o grande acontecimento do culto católico, comungamos das espécies do pão e do
vinho que se transformam no corpo vivo do Senhor.
Basicamente,
a missa é o ato mais sublime que pode ser considerado em “matéria de culto”. A adoração a Jesus Cristo é realizada de forma completa. Através do “pão da palavra”, percorremos o
velho testamento e chegamos ao novo, ouvimos sobre o Deus de Israel e sobre o
cumprimento das promessas na pessoa de Jesus e através do “pão eucarístico”,
vivemos toda a paixão do Senhor, contemplando seu sacrifício de forma viva em
nossos corações.
Sendo
assim, como a missa se constrói no coração da Igreja? Pois bem, vejamos abaixo
toda a cristocentria que está presente neste ato de culto público.
RITOS INICIAIS
PROCISSÃO DE ENTRADA
Salvador do mundo salvai-nos, vós
que nos libertastes pela cruz e ressurreição!
É
o momento inicial onde o sacerdote, diácono, ministros da eucarística e
acólitos entram na Igreja. Acompanhados pela cruz de Jesus Cristo, o
celebrante, junto dos demais, se dirigem ao altar onde ocorrerá o
sacrifício eucarístico. Toda a assembleia entoa um hino de alegria, bendizendo
ao Senhor por tudo o que és e por tudo o que tens feito na vida de cada um. Com
alegria, todos os cristãos unidos por uma única fé, um único batismo e um único
Senhor, agradecem ao Rei dos Reis por mais esse momento em sua presença.
“Bendito seja tu, Senhor de
nossos pais, és pródigo de graças, ó Senhor. Glória ao Senhor criador para
sempre! Bendito sejas tu, ó Verbo de Deus Pai, a morte que sofrestes nos deu
vida. Bendito sejas tu, Espírito de Deus que operas na Igreja a salvação”.
ACOLHIDA
“A fé dos cristãos consiste na
Trindade” [1]
Inicia-se o at0 pelo qual todos os cristãos católicos estão reunidos. Em nome
da trindade santa, dá-se inicio a santa missa na casa de Deus.
“Em nome do Pai, do filho e do
Espírito Santo, AMÉM!”
ATO PENITENCIAL
Momento
de contrição, momento de arrependimento. É neste ato em que toda a assembleia
se coloca diante do Pai para clamar sua misericórdia afim de que os nossos
pecados sejam perdoados. É hora de reflexão, é hora de pensar nas faltas
cometidas e entender que nosso Pai é misericordioso e compassivo e ainda que
andemos por caminhos errôneos, Ele nos ama como filhos.
“Senhor tende piedade de nós, Senhor
tende piedade de nós, Cristo tende piedade de nós”.
GLÓRIA
Rezar
ou cantar o “Glória”, significa exaltar a grandeza de Deus, seu poder e sua
majestade. É o momento em que entoamos o nosso hino de louvor ao Pai e o
glorificamos por seu reinado celeste, sua santidade e seu poder.
“Glória a Deus nas alturas e paz
na terra aos homens por ele amados. Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo
poderoso. Nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos adoramos, nós vos
glorificamos, nós vos damos graças por vossa imensa glória. Senhor Jesus
Cristo, filho unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, filho de Deus Pai, vós
que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o pecado do
mundo, acolhei a nossa suplica. Vós que estais à direita do Pai, tende piedade
de nós. Só vós sois o Santo, só vós o Senhor, só vós o altíssimo, Jesus Cristo!
Com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém!”
A ORAÇÃO DO DIA
A
“oração do dia” é o primeiro momento em que o sacerdote eleva as preces rogando
a Deus para que cada pessoa seja fortificada na verdadeira fé e para que cada cristãos adore o Senhor em espírito e em verdade.
“Reconheçamos a glória da
Trindade e adoremos a unidade onipotente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!”
LITURGIA DA PALAVRA
1ª LEITURA
É
a primeira leitura bíblica da liturgia católica. A assembleia acompanha, junto
do leitor, o texto extraído do velho testamento. A ideia é demonstrar que o
antigo testamento é o anuncio da messianidade de Cristo e que a fé que
professamos, deu-se inicio com os antigos patriarcas e profetas.
Ao
fim da leitura, o leitor afirma a veracidade do texto dizendo: “Palavra do
Senhor”. Toda a Igreja responde dando ao Senhor, “Graças a Deus”.
SALMO RESPONSORIAL
É
o momento em que toda a Igreja medita nos salmos bíblicos ou em alguma outro parte de algum livro (deuteronômio, por exemplo). Na maioria dos casos
é cantado por um salmista e um trecho é destacado como resposta dos cristãos, em
outros momentos é recitado.
2ª LEITURA
Diferente
da primeira leitura, a segunda utiliza dos textos do novo testamento. Epístolas
Paulinas, cartas católicas, cartas pastorais. Esta leitura tem como objetivo,
afirmar o ensinamento apostólico deixado a Igreja e confirmar a fé viva no
ressuscitado através dos testemunhos ali representados.
O EVANGELHO
Mateus,
Marcos, Lucas e João, compõem o quarteto evangelístico que procura narrar à vida
de Jesus Cristo, suas palavras, curas, sua paixão, morte pela cruz e
ressurreição. É o momento em que toda a Igreja desfruta das palavras do Senhor
através dos escritos sagrados.
Antes
da leitura do evangelho, toda a assembleia canta o “aleluia”, aclamando assim,
as palavras do Cristo.
“Aleluia, Aleluia, a minha alma
abrirei. Aleluia, Aleluia, Cristo é meu Rei”
O
diácono que iniciará a leitura, em diálogo com toda a comunidade diz: “O Senhor esteja convosco” e a Igreja
responde “Ele está no meio de nós”.
Ao passo em que ele (diácono) diz: “Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo, segundo São Mateus/Marcos/Lucas/João”, todos
cristãos ali reunidos fazem o sinal da cruz sobre a testa, boca e peito
manifestando o nosso desejo de santificar os nossos pensamentos, as nossas
palavras e os nossos sentimentos e vontades.
O
evangelho é lido. Ao fim, o diácono diz: “Palavra da Salvação” e toda a Igreja
responde “Glória a vós Senhor”.
Após
a leitura, o sacerdote inicia a “Homília” (pregação). Ele explicará o que foi dito e introduzira no coração de cada fiel as palavras do Senhor Jesus. É hora
de refletirmos sobre tudo aquilo que já foi lido e aprender com Cristo o
caminho da salvação.
PROFISSÃO DE FÉ
Professar
a fé significa confirmar através das palavras e da confissão pública, nossa
crença no Cristo e em todas as doutrinas que a Igreja Católica durante os
séculos confirmou em seus concílios. O “Credo Apostólico” nada mais é que um
resumo de nossas crenças, mediante a fé em Jesus. Após o evangelho, toda a
assembleia, em unidade com todas as Igrejas espalhadas pelo mundo, afirma a fé
católica.
“Creio em Deus, Pai
todo-poderoso, criador do céu e da terra e em Jesus Cristo seu único filho
Nosso Senhor. Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem
Maria, padeceu sobre Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu
a mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos Céus, está
assentado a direta de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos
e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos
santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna.
Amém!”
PRECES DA ASSEMBLÉIA
As
preces da assembleia constitui em uma série de “petições” que a Igreja roga ao
Senhor, para que mediante a sua vontade, sejam realizadas. Essas orações em
geral, são referentes à unidade das comunidades, a paz no mundo, pela
santificação dos crentes, pela formação do clero e etc.
E
para todas elas, dizemos: “Senhor, escutai a nossa prece”.
LITURGIA EUCARÍSTICA
PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS
Em
comunhão com toda a Igreja, a preparação das oferendas é o momento em que
assembleia oferece a Deus suas ofertas e o dizimo daquilo que recebeu do
Senhor. Enquanto a comunidade realiza o
ato do ofertório, o sacerdote prepara o altar para o grande momento da missa: a
eucaristia.
ORAÇÃO EUCARÍSTICA
A
oração eucarística consiste em uma bela trajetória onde os fieis vivem a última
ceia realizada por Cristo. É o ápice do culto católico, é o momento em que o
“céu e a terra”, a “Igreja militante, padecente e celeste” se chocam em uma
comunhão de amor. Com palavras simples e de grande profundidade, cada cristão é
convidado a uma perfeita e profunda adoração a Jesus, pois, é aqui que a
centralidade de nossa fé é celebrada em sua totalidade.
ORAÇÃO
EUCARÍSTICA III
“Na verdade, é justo e
necessário, é nosso dever e salvação dar-vos
graças, sempre em todo lugar Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso. Com vosso filho único e o Espírito Santo, sois um só Deus e um
só Senhor. Não uma única pessoa, mas três pessoas num só Deus. Tudo o que
revelastes e nós cremos a respeito de vossa glória atribuímos igualmente ao
Filho e ao Espírito Santo. E, proclamando
que sois o Deus eterno e verdadeiro,
adoramos cada uma das pessoas, na mesma natureza e igual majestade. Unido a
multidão dos anjos e dos santos, nós vos aclamamos jubilosos em uma só voz:
‘Santo, Santo, Santo, Senhor Deus
do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito
o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!’
Na verdade, vós sois santo, ó Deus do
universo, e tudo o que criastes proclama o vosso louvor, porque, por Jesus
Cristo, vosso filho e Senhor nosso, e pela força do Espírito Santo, dais vida e
santidade a todas as coisas e não cessais de reunir o vosso povo, para que vos
ofereça em toda parte, do nascer ao pôr-do-sol, um sacrifício perfeito. Por
isso, nós vos suplicamos: santificai pelo Espírito Santo as oferendas que vos
apresentamos para serem consagradas, a fim de que se tornem o Corpo e o Sangue
de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, que nos mandou celebrar este
mistério.
Na noite em que ia ser entregue, ele tomou
o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo: ‘Tomai, todo, e comei. Isto é o meu corpo
que será entregue por vós’. Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele tomou o
cálice em suas mãos, deu graças novamente e o deus aos seus discípulos,
dizendo: ‘Tomai todos e bebei. Este é o
cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por
vós e por todos para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim’.
Eis o mistério da fé!
Celebrando, pois, a memória do vosso Filho,
da sua paixão que nos salva, da sua
gloriosa ascensão ao céu, e enquanto esperamos a sua nova vinda, nós vos
oferecemos em ação de graças este sacrifício de vida e santidade. Olhai com
bondade a oferenda da vossa Igreja, reconhecei o sacrifício que nos reconcilia
convosco e concedei que, alimentando-nos com o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
sejamos repletos do Espírito Santo e nos tornemos
em Cristo um só corpo e um só espírito. Que ele faça de nós uma oferenda
perfeita para alcançarmos a vida eterna com os vossos santos: a virgem Maria,
mãe de Deus, os vossos apóstolos e mártires (santo do dia ou padroeiro) e de
todos os santos, que não cessam de interceder por nós na vossa presença. E agora, nós vos suplicamos, ó Pai, que este sacrifício da
nossa reconciliação estenda a paz e a salvação ao mundo inteiro. Confirmai na
fé e na caridade a vossa Igreja, enquanto caminha neste mundo: o vosso servo o
papa, o nosso bispo (...) com os bispos do mundo inteiro, o clero e todo o povo
que conquistastes. Atendei as preces da vossa
família, que está aqui, na vossa presença. Reuni em vós, Pai de misericórdia,
todos os vossos filhos e filhas dispersos pelo mundo inteiro. Acolhei com
bondade no vosso reino os nossos irmãos e irmãs que partiram desta vida e todos
os que morreram na vossa amizade. Unidos a eles, esperamos também nós
saciar-nos eternamente da vossa glória, por Cristo, Senhor nosso. Por
ele dais ao mundo rodo bem e toda graça. Por
Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo poderoso, na unidade do
Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre”.
PAI NOSSO E O CUMPRIMENTO DA PAZ
A Igreja reza em todas as
missas a oração deixada por Nosso Senhor. O Pai nosso é a oração por excelência.
Todos os cristãos são convidados a dizer, através das palavras deixadas por
Cristo, o quanto somos gratos por saber que o Deus todo-poderoso nos guia com
seu amor generoso.
Guiados pelo Espírito
Santo de Jesus e iluminados pela sabedoria do evangelho, ousamos dizer:
“Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso
nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra
como no céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje; perdoai-nos as nossas
dividas, assim como nós perdoamos os nossos devedores; e não nos deixes cair em
tentação, mas livrai-nos do mal. Vosso é o reino, o poder e a glória para
sempre!”
Após a oração do “Pai
Nosso”, o sacerdote diz: “Senhor Jesus
Cristo, dissestes aos vossos apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha
paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; daí-lhe,
segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós que sois Deus, com o Pai e o
Espírito Santo, amém! A paz do Senhor esteja sempre convosco”!
A assembleia responde
dizendo: “O amor de Cristo nos uniu”.
Ao fim, toda a Igreja se
cumprimenta segundo o costume, dizendo uns aos outros: “A paz de Cristo”.
CORDEIRO DE DEUS
Jo 1,29 – No dia seguinte,
João viu Jesus que vinha a ele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo”.
É nesta frase de João Batista,
retirada do evangelho de João, que a Igreja em todas as missas, anuncia ao
mundo o cordeiro que nasceu sem a mancha da corrupção e que tira o pecado de
toda a humanidade, através de sua morte de cruz.
“Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
piedade de nós. Cordeiro de Deus. Que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz”.
COMUNHÃO
Jo 6,53-56 – Então
Jesus lhe disse: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do
Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o
ressuscitarei no último dia, pois, a minha carne é verdadeiramente uma comida e
o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu
sangue permanece em mim e eu nele.
A eucaristia é o centro
da missa, pois ali, encontra-se Jesus Cristo. O filho unigênito de Deus morreu
por nós, para que assim, fossemos salvos e sua “morte de cruz”, renova-se no
altar todas as vezes que a missa é celebrada. É aqui que a perfeita adoração é
revelada no coração da Igreja. Hoje temos livre acesso ao Senhor, graças ao
perfeito sumo sacerdote (Hb 7,26) que
morreu por nós e a eucaristia revela o amor que o Pai teve para conosco: todo
aquele que come a carne e bebe o sangue do Senhor, permanece nele e o Cristo o
ressuscitará no último dia. Revivemos aquela sagrada ceia derradeira, adoramos
o Cristo vivo na eucaristia e anunciamos a morte do Senhor até que Ele venha!
A comunhão nos leva a uma
profunda adoração ao Senhor. Este é o momento em que nos colocamos nos braços
do Pai e nos entregamos inteiramente a Ele agradecendo por todos os bens feitos
em nosso meio.
I Cor 11,27 – Eis por
que todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente,
será réu do seu corpo e do sangue do Senhor.
DEPOIS DA COMUNHÃO
Após a comunhão, o
sacerdote eleva as orações em favor de toda a Igreja, para que assim, o
alimento espiritual frutifique em nossos corações.
“Possa valer-nos, Senhor nosso Deus, a comunhão no vosso
sacramento, ao proclamarmos nossa fé na Trindade eterna e santa e na sua
indivisível unidade. Por Cristo, nosso Senhor”.
RITOS FINAIS
BENÇÃO (APOSTÓLICA) FINAL
A benção apostólica
conclui os ritos do culto católico e nos preenche com a força do alto, para que
assim, anunciemos o Senhor em todo o tempo!
Sacerdote: O Senhor esteja convosco!
Assembleia: Ele está no meio de nós!
Sacerdote: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, Pai e
Filho e Espírito Santo.
Assembleia: Amém!
Sacerdote: Ide em paz e que o Senhor sempre vos
acompanhe!
Assembleia: Graças a Deus!
3.
E
AS MISSAS EM LOUVOR AOS SANTOS E DE MARIA SANTÍSSIMA?
I Tm 2,1 – Recomento, pois,
antes de tudo que se façam pedidos, orações, súplicas e ações de graças, por
todos os homens.
A missa é cristocêntrica.
Todos os atos realizados no culto católico, só possuem um único fundamento:
adorar e bendizer o nome santo de Deus. Até o presente momento,
descrevemos cada passo, cada detalhe, cada característica da missa realizada em
todo o mundo, porém, uma coisa nos chama a atenção: a Igreja cultua com
especial veneração Maria Santíssima e os Santos Mártires de Deus e isso, não
seria “fugir” da cristocentria e do culto único a Deus? Pois bem, naturalmente
a reposta para essa pergunta é não! Entenda o porquê:
*Em uma missa onde comemora-se a vida de algum santo ou de Maria SS, a missa continua sendo missa. Toda a trajetória até a chegada do banquete do Cordeiro é imutável, isto é, a centralidade do culto continua sendo a mesma. Canta-se o glória, as orações são feitas em nome do Cristo, as leituras do velho e novo testamento e o evangelho continuam ali, a profissão de fé (credo) é afirmada, a oração eucarística é rezada com todos os seus atos e detalhes, da eucaristia comungamos e é em toda essa liturgia que cultuamos a Jesus Cristo, ainda que, estejamos celebrando a vida de alguém que anteriormente a nós, morreu ou ofertou-se pela fé;
*Em uma missa onde comemora-se a vida de algum santo ou de Maria SS, a missa continua sendo missa. Toda a trajetória até a chegada do banquete do Cordeiro é imutável, isto é, a centralidade do culto continua sendo a mesma. Canta-se o glória, as orações são feitas em nome do Cristo, as leituras do velho e novo testamento e o evangelho continuam ali, a profissão de fé (credo) é afirmada, a oração eucarística é rezada com todos os seus atos e detalhes, da eucaristia comungamos e é em toda essa liturgia que cultuamos a Jesus Cristo, ainda que, estejamos celebrando a vida de alguém que anteriormente a nós, morreu ou ofertou-se pela fé;
*O culto de dulia
(Santos) e hiperdulia (Maria) também é uma forma de nos aprofundarmos na vida
de pessoas que anteriormente a nós, morreram por amor ao Senhor. A Igreja tem
uma tradição riquíssima de dois mil anos e nada mais justo, de que cada
comunidade que leve o nome de seu patrono, anualmente, aprenda e entenda que os
Santos percorreram um caminho duro e que com a fé em Jesus, descobriram que a maior
e melhor recompensa que podemos herdar é a salvação que vem através da Cruz. É
um grande testemunho para todos nós!
*A Bíblia nos dá a
base necessária para afirmarmos a licitude dessa prática tão antiga na Igreja:
em duas oportunidades Paulo afirma que devemos “honrar uns aos outros” (Rm
12,10) e que devemos realizar “orações”
e “ações de graça” em favor de todos
os homens (I Tm 2,1).
*Desde o início do
cristianismo, nas primeiras missas, as comunidades católicas comemoravam a vida
dos santos. Basta ler o relato do “martírio
de Policarpo de Esmirna” (155 d.C) e verificar que os ossos que ali ficaram
(Policarpo foi queimado vivo), foram recolhidos com todo o cuidado, colocado em
um local conveniente para que assim, reunidos, fosse possível celebrar o
aniversário de seu martírio [2].
4.
CONCLUSÃO
CIC 1378
– “Na
liturgia da missa, exprimimos nossa fé na presença real de Cristo sob as
espécies do pão e do vinho, entre outras coisas, dobrando os joelhos, ou
inclinando-nos profundamente em sinal de adoração do Senhor”. [3]
Toda a centralidade da
missa se fundamenta em uma única adoração: Jesus Cristo. Não há qualquer outra
forma de culto que possa exprimir de forma mais bela o amor ao Senhor, se não
for através da santa missa.
Através de todo o
detalhamento exposto neste texto, acredito que qualquer dúvida existente, possa ser dissipada.
5.
BIBLIOGRAFIA
[
1] São Cesário de Arles, Expositio Symboli (sermo 9): CCL 103,49
[2]
Eusébio de Cesaréia; História Eclesiástica; Livro IV-15,43-44: Editora Paulus
[3]
Catecismo da Igreja Católica
Que
a paz do Cristo esteja com todos!
Érick Augusto Gomes
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